Empresas de Francisco Maximiano têm má reputação entre técnicos, disse servidor da Saúde à CPI

Sessão da CPI nesta sexta-feira (25). Foto: Edilson Rodrigues - Agência Senado
O servidor do Ministério da Saúde ressaltou ainda que já prestou depoimento à PF (Polícia Federal) e ao MPF (Ministério Público Federal) sobre o assunto

Ao responder questionamento do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Luis Ricardo contou, nesta sexta-feira (25), que as empresas Precisa Medicamentos e Global Gestão em Saúde têm má reputação entre técnicos especializados em saúde.

À CPI da Covid-19 no Senado, o servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, e o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), explicam possíveis irregularidades do governo federal na compra da vacina indiana Covaxin. O Palácio do Planalto nega qualquer problema na compra do imunizante.

O servidor do Ministério da Saúde ressaltou ainda que já prestou depoimento à PF (Polícia Federal) e ao MPF (Ministério Público Federal) sobre o assunto.

Em 2017, a Global Gestão em Saúde recebeu R$ 20 milhões do Ministério da Saúde — à época gerenciado pelo deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) — por remédios que deveriam ser entregues ao SUS (Sistema Único de Saúde). Os fármacos, no entanto, nunca foram entregues.

O dono das duas empresas é Francisco Maximiano, responsável pela intermediação entre o Palácio do Planalto e a Bharat Biotech para a aquisição da vacina indiana Covaxin.

ENTENDA O CASO

Luis Ricardo é chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ele relatou ao MPF e à imprensa ter recebido pressões para acelerar o processo de compra da Covaxin, da empresa indiana Bharat Biotech.

A negociação está sob suspeita em razão do valor unitário das vacinas — US$ 15 cada —, e da participação de empresa intermediária, a Precisa Medicamentos. O deputado Luis Miranda, em entrevista à CNN, disse ter alertado diretamente o presidente Jair Bolsonaro sobre as suspeitas.

O requerimento que convidou os depoentes foi apresentado pelo relator da CPI, Renan Calheiros.

Renan e o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), relataram preocupação com a segurança dos depoentes. Aziz solicitou à PF proteção para os irmãos.

M. V.

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