O Museu Nacional anunciou, na última sexta-feira (19), que o crânio de Luzia foi encontrado em fragmentos em meio aos escombros do Museu Nacional, destruído por um incêndio no último dia 2 de setembro. Trata-se do fóssil mais antigo já encontrado no continente americano, considerado uma das principais relíquias que a instituição guardava.
Os técnicos anunciaram que 80% das partes localizadas já foram identificadas. O crânio ficava armazenado em uma caixa de metal, dentro de um armário. Essa caixa também foi encontrada parcialmente destruída.
“Estamos no momento do escoramento e já podemos recuperar algumas partes do acervo. Hoje é um dia feliz, conseguimos recuperar o crânio da Luzia, dano foi menor do que esperávamos. Os pedaços foram achados há alguns dias, eles sofreram alterações, danos, mas estamos muito otimistas com o achado e tudo que ele representa. Ele estava em um local preservado onde já ficava, que era um local estratégico. Ficava dentro de uma caixa de metal dentro de um armário”, disse Claudia Rodrigues uma das integrantes da equipe de resgate do acervo.
O trabalho de montagem dos fragmentos ainda não foi iniciado. Em entrevista coletiva, a direção do Museu Nacional comemorou o achado.
Segundo o diretor de Museu Nacional, o paleontólogo Alexander Kellner, a reconstrução do crânio não será um processo rápido e será preciso primeiro ter um novo laboratório. Para tanto, ele estima que serão necessários pelo menos entre R$10 milhões e R$ 15 milhões.