O ministro de Minas e Energia abriu um processo disciplinar contra a empresa italiana. “É um processo extremamente importante, doloroso, mas a dor maior é a da população de São Paulo, com reiteradas interrupções de serviço”, destacou
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, informou que determinou nesta segunda-feira (1) a abertura de um processo disciplinar contra a distribuidora de energia elétrica Enel, após repetidas interrupções no serviço na cidade de São Paulo. “A Enel demonstra de forma reiterada que é uma empresa que está despreparada para prestar um serviço à altura do que a população brasileira exige”, afirmou.
O ministro disse, ainda, que o processo pode levar ao fim da concessão. “Estamos tomando uma medida extremamente rigorosa e singular, é a primeira vez que o ministério, como formulador de políticas públicas do sistema elétrico brasileiro, toma uma medida com esse nível de rigor”, afirmou ele em entrevista à GloboNews. O contrato da Enel está previsto para terminar em 2028 e vários setores da sociedade querem que a renovação não seja feita.
Leia a íntegra do ofício do MME
A Enel não pagou nenhuma das multas aplicadas, segundo o ministro. A empresa soma cerca de R$ 300 milhões em penalidades, estimou, e parte do valor seria usado para ressarcir o consumidor prejudicado com os apagões
“É um processo extremamente importante, doloroso, mas a dor maior é a da população de São Paulo, com reiteradas interrupções de serviço”, destacou. Para ele a Enel “demonstra de forma reiterada que é uma empresa que está despreparada para prestar um serviço à altura do que a população brasileira exige”.
O centro paulistano ficou no escuro até quatro dias em março por culpa da Enel. A região afetada possui hospitais como a Santa Casa de Misericórdia, que fica no bairro da Santa Cecília, e muitas empresas. No final de 2023, 2,1 milhões de endereços ficaram sem energia na capital paulista após fortes chuvas. O restabelecimento total dos serviços chegou a levar uma semana para alguns consumidores.