Além do desemprego e dos salários arrochados, a população enfrenta o encarecimento de itens de habitação (condomínio, energia elétrica e gás de cozinha) e transporte (combustíveis), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados divulgados na quarta-feira (08) registraram que a inflação oficial (IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acelerou, batendo na taxa de 2,94% de janeiro a julho deste ano, 1,43% maior do que no mesmo período do ano passado.
A energia elétrica subiu menos em julho, mas ainda foi o que mais influenciou a alta do IPCA do período. Em julho, a conta de luz aumentou 5,33%, após alta de 7,93% em junho. O impacto desse item foi de 0,20 ponto percentual no IPCA de julho, que subiu 0,33%.
De um mês para o outro, a categoria de habitação teve inflação medida em 1,54%, e a de transportes, de 0,49%. No caso desses últimos, o aumento nos preços é consequência da política de governo de aumentos diários nos preços dos combustíveis nas refinarias, o que se desdobrou em uma das maiores paralisações de caminhoneiros do país.
Em 12 meses, a inflação acumulada estacionou em 4,48%, enquanto no período anterior estava e 4,39%.
Das 16 regiões pesquisadas, dez registraram aumento dos preços e São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília sofreram os maiores impactos.