Até sexta-feira (01) mais de seis mil pessoas tinham morrido e 91 mil estavam infectados pela Covid-19. Diante disso, Bolsonaro respondeu: “E daí? O que você quer que eu faça? Eu sou Messias mas não faço milagre”
Enfermeiros e demais profissionais de Saúde do Distrito Federal fizeram um protesto silencioso nesta sexta-feira, 1º de Maio, em frente ao Palácio do Planalto, para denunciar o comportamento irresponsável e insano de Jair Bolsonaro que, ao insistir em combater as medidas de distanciamento social, sabotar a liberação de recursos e demitir o ministro da Saúde em plena luta contra o coronavírus, levou à morte de mais de 6 mil brasileiros em todo o país.
O ato defendeu o distanciamento social e cobrou das autoridades a liberação de verbas públicas para a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) que estão faltando nos hospitais brasileiros.
Durante a manifestação, surgiram alguns poucos bolsonaristas desarvorados, mais parecendo zumbis ambulantes, tentando sem sucesso intimidar os manifestantes. Tentaram em vão impedir o protesto.
Alguns deles berravam vivas a Bolsonaro e faziam alguns outros ruídos difíceis de decifrar. Sem máscaras, como seu chefe, se aproximavam dos manifestantes e diziam que os servidores da saúde seriam exterminados, seriam varridos do mapa. “Vocês existem porque nós, empresários, bancamos e pagamos os seus salários”, ameaçavam.
Sem aceitar as provocações e segurando as cruzes para representar o morticínio causado pela sabotagem de Bolsonaro, os servidores da saúde usavam máscaras e guardaram uma distância segura entre cada um eles. Os servidores da saúde denunciaram o desprezo de Bolsonaro com a saúde pública e com as vítimas da Covid-19.
Ao ser peguntado na véspera sobre os 6 mil mortos, ele respondeu: “E daí? O que você quer que eu faça? Eu sou Messias mas não faço milagre”. Com essa resposta, Bolsonaro afrontou os milhares brasileiros mortos e seus familiares que sofrem as perdas de seus entes queridos. Seguiu desdenhando a gravidade da pandemia.
Mostrando que não vai fazer nada para defender a população ameaçada pelo vírus, Bolsonaro segue sabotando a liberação de recursos para os trabalhadores, os informais, os estados e municípios e ataca os governadores que estão na linha de frente na luta pela urgente reestruturação do SUS.
Disse que as mortes não são de sua responsabilidade, mas dos governadores. Suas palavras desrespeitosas com os mortos foram ditas no mesmo dia em que o Brasil tornou-se o país com a maior taxa de contágio do mundo, chegando a 91 mil casos de infectados já confirmados.
Mesmo nesse dia do trabalhador, Bolsonaro segue atacando o distanciamento social e defendendo a volta ao trabalho e o aumento do número de infectados. Perguntado sobre que mensagem mandaria neste 1º de Maio, ele disse: “desejo que eles voltem ao trabalho”.
“O nosso objetivo era exigir que o presidente Bolsonaro garanta as condições para o isolamento social, com o pagamento dos 600 reais aos brasileiros, com o fornecimento de EPIS (Equipamento de Proteção Individual) em nossas unidades e com a valorização do nosso trabalho para além das palmas. Nós queremos o máximo de vidas salvas”, disse uma manifestante.
Com informações do site Esquerda Online