O Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp) convocou, para a próxima quinta-feira (28), uma assembleia geral com os engenheiros da Sabesp, do Metrô e da CPTM para discutir e deliberar sobre o movimento grevista unificado no próximo 3 de outubro.
Murilo Pinheiro, presidente do Seesp, afirmou em recente artigo que o papel do Estado deve ser o de garantir direitos básicos da população, tais como o saneamento e transporte. “As experiências malfadadas das últimas décadas, no Brasil e no mundo, mostram que a desestatização por simples crença dogmática no ultraliberalismo não é solução. Pelo contrário, acaba por gerar graves problemas”, disse.
“Fornecer água potável, realizar coleta e tratamento de esgoto, destinação correta de resíduos e assegurar drenagem urbana, assim como garantir o direito de ir e vir, são tarefas eminentemente públicas, que implicam subsídios àqueles com menor poder aquisitivo”, completou.
A mobilização pretende seguir a agenda de atividades aprovada em conjunto com demais trabalhadores das companhias e sindicatos dessas categorias para alertar a população dos malefícios das privatizações propostas pelo governador Tarcísio de Freitas, que pretende entregar os serviços essenciais de saneamento e transporte ao setor privado.
Nos transportes, destaca o Seesp em convocatória, o exemplo de má gestão é quase diário com os repetidos problemas que vem apresentando as linhas de trem recentemente privatizadas 8-Diamante e 9-Esmeralda, muitos deles sem qualquer resposta à população.
O presidente do Seesp destaca que o Brasil tem um longo caminho pela frente para se tornar um país desenvolvido, com renda média adequada e inserido de forma soberana na globalização e que o setor privado pode cumprir um papel essencial na retomada da industrialização do país.
“Ao Estado cabe criar as condições para que tais investimentos aconteçam e estimulá-los com ações empreendedoras. Isso não significa, em hipótese alguma, desfazer-se da infraestrutura de atendimento essencial à população”.