Em mais uma acintosa sabotagem ao acordo de cessar-fogo, alcançado após 475 dias de genocídio em Gaza, as tropas israelenses impedem inclusive o trânsito de ambulâncias barrando o atendimento a feridos em Jenin, na Cisjordânia
Há poucas horas foi anunciada a liberação de mais quatro reféns israelenses, Naama Levy, Liri Albag, Daniella Gilboa e Karina Ariev. E também começa o processo de liberação de mais 200 presos nas masmorras israelenses, sendo que Israel força 120 deles à deportação.
No entanto e apesar de mais este passo, no cumprimento do acordo, poucas horas antes da liberação das israelenses, as tropas da ocupação atacaram com drones em Qalqilya, assassinando dois palestinos.
O regime israelense tem colocado em risco o acordo de cessar-fogo de diversas formas. A sabotagem mais grave, é que há cinco dias consecutivos, a partir do dia 20, mesmo dia em que a primeira leva de israelenses e palestinos presos era liberada, as tropas de Netanyahu, recrudesceram o ataque a Jenin, assassinando 14 palestinos e ferindo 50.
Durante mais este massacre, diversas aldeias e cidades na região de Jenin tem passado por razias e prisões, na cidade de Qalqilya invadiram residências e realizaram 64 prisões (naquele dia 20, exeatamente logo depois de mais de um ano de negociações, eram soltos 90 prisioneiros palestinos, a mais destacada, a deputada Khalida Jarrar).
A tensão criada com o bombardeio e atiradores de elite ferindo inclusive profissionais de saúde que se dirigiam aos hospitais locais, foi exacerbada com tratores pesados destruindo ruas e estradas de acesso a Jenin para impedir a circulação de ambulâncias.
Os tratores também destruiram a entrada das cidades de Al-Yamoun e Al-Silah Al-Harithiya, e ainda arrasaram a rua Jaffa, que conecta a cidade de Jenin a vilas vizinhas.
Desde esta sexta-feira (23), em mais uma provocação, o regime de Netanyahu ordena o fechamento da sede da Agência de atendimento a refugiados palestinos sob auspícios da ONU (UNRWA) em Jerusalém, até quinta-feira.
Os representantes da ONU na UNRWA alertam que o ataque à agência especializada na arrecadação e entrega de víveres básicos aos palestinos de Gaza, é mais uma forma de sabotagem, pondo em risco o acordo de cessar-fogo.