O ministro das Relações Exteriores e Comércio da Irlanda, Simon Coveney, anunciou, na quinta-feira, 16, que seu país vai quadruplicar a contribuição para a Organização Mundial da Saúde, OMS, em 2020, em reconhecimento aos esforços da entidade para combater a pandemia do coronavírus no mundo.
Coveney, que também exerce o cargo de vice-primeiro-ministro, disse que “a Irlanda apoia a OMS nos esforços para coordenar uma resposta global no combate à Covid-19. Muitos países confiam na expertise e na capacidade de salvar vidas das Nações Unidas”. E afirmou que seu governo repassará 9,5 milhões de euros (quase R$ 55 milhões) para a OMS neste ano.
“Muito obrigado ao primeiro-ministro da Irlanda e ao povo irlandês pelo seu contínuo apoio à OMS e por aumentar a contribuição de 2020 para 9,5 milhões de euros. Estamos juntos contra a Covid-19”, agradeceu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
A medida da Irlanda foi tomada logo após Donald Trump, presidente dos EUA, ter declarado que suspenderia temporariamente as contribuições para a OMS enquanto investiga a atuação – que considera pífia – da entidade no enfrentamento à pandemia. Os EUA são os maiores doadores à OMS.
Simon Coveney, descreveu essa decisão de Trump sobre o financiamento da OMS como “indefensável” e “escandalosa”.
Afirmou em sua conta de Twitter que “esta é uma decisão indefensável no meio de uma pandemia mundial” quando tantas pessoas em todo o mundo dependem da OMS.
“Socavar de forma intencionada o financiamento e a confiança neste momento é escandaloso”, disse Coveney, que frisou que “este é um momento para a liderança e a unidade mundiais para salvar vidas, não para dividir e culpar!”.
O governo da Irlanda assumiu no dia 26 de março o controle público de todas as instalações hospitalares privadas no país enquanto durar a crise devido ao novo coronavírus. São cerca de 2 mil leitos, nove laboratórios e milhares de funcionários que passaram à direção do Ministério irlandês da Saúde.