Em meio a maior greve contra o aumento abusivo dos combustíveis já realizada no país, o governo achacador de Temer não pestanejou em anunciar que a conta de luz ficará mais cara a partir junho. A cobrança extra acontece num momento em que os trabalhadores pressionam o governo contra a extorsão nos combustíveis e a resposta do governo é de aumentar também a conta de luz da população.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou na sexta-feira (25) que a bandeira tarifária para a conta de luz no próximo mês passará de Amarela para Vermelha – patamar 2, com custo de R$ 5 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
De acordo com a agência, com o fim do período úmido, os reservatórios do Sul apresentaram redução de volume provocando o aumento do risco hidrológico e o preço da energia no mercado de curto prazo.
“Com o fim do período úmido, os reservatórios do Sul apresentaram redução de volume provocando o aumento do risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto prazo (PLD). Além disso, a previsão de chuvas é baixa quando comparada à média histórica. O GSF e o PLD são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada”, disse a agência.
Composto por bandeiras nas cores verde, amarela e vermelha (patamar 1 e 2), o sistema de bandeiras foi criado ainda no governo Dilma para cobrar dos consumidores custos mais elevados na geração de energia elétrica, principalmente pelo uso de termoelétricas.
Vale ressaltar que este sistema não alivia, em momento algum o valor da conta paga pelos brasileiros, no máximo, quando a bandeira está na cor verde, não há uma cobrança extra. Qualquer tipo de redução não existe.
O governo afirma, desde a criação das bandeiras tarifárias, realizada por Dilma, que a falta de chuvas e o baixo volume de águas nas hidroelétricas, cria a necessidade de acionar as termoelétricas, cujo custo de geração de energia é mais elevado. Porém não existiu nenhum tipo de planejamento para o setor, nem de investimento em novas geradoras de energia.
Para o governo a solução tem sido simples, transmitir ao consumidor este custo mais elevado, mesmo autorizando aumentos na distribuição de energia, realizada em sua imensa maioria, e nas maiores cidades, por empresas privadas. Ao povo fica o alto custo e baixa qualidade nos serviços e aos empresários grandes lucros.