Todos os municípios de Roraima ficaram sem energia na quinta-feira (1º). De acordo com a empresa responsável pelo serviço no estado, a Roraima Energia, a queda ocorreu a partir das 11h20, “afetando todo o estado”. Segundo a empresa, até as 16h, o fornecimento de energia ainda não havia voltado à normalidade.
Desde a privatização em 2018, no início do processo de venda da Eletrobrás, a empresa é controlada pelo Consórcio Oliveira Energia e passou a se chamar Roraima Energia. O consórcio Oliveira Energia foi o único a oferecer proposta pela distribuidora de Roraima, Boa Vista Energia. A empresa não ofereceu desconto tarifário ou pagamento de outorga à União para a obtenção da concessão.
A empresa privada disse que “até o momento não tinha informação sobre o motivo da queda”, mas que “o problema ocorreu na geradora de energia”.
Por não estar conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o estado de Roraima tem sua energia gerada quase na totalidade por usinas térmicas locais. Atualmente, o parque térmico do estado é formado pelas usinas de: Monte Cristo, Jardim Floresta e Distrito, em Boa Vista (RA), e de Novo Paraíso, em Caracaraí (RA).
Até março de 2019, a energia era parcialmente fornecida pela Venezuela, o que compensava eventuais problemas locais de geração. No entanto, o governo Bolsonaro resolveu rifar o abastecimento do Estado e após essa data o país parou de enviar energia, submetendo o abastecimento de energia às quatro usinas termelétricas da Roraima Energia.
A empresa informou que ainda não tem informações sobre o motivo do apagão, mas confirmou que o problema ocorreu na geradora de energia.
Este é o segundo apagão que atinge as cidades da região em menos de três meses. Em novembro do ano passado, um apagão geral deixou a capital Boa Vista e todos os municípios de Roraima sem energia. O blecaute ocorreu por volta de 5h58 do dia 23 de novembro e cerca de uma hora depois o fornecimento começou a ser estabilizado, segundo a empresa de fornecimento de energia.
