O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou durante discurso de abertura da Cúpula da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) em Istambul nesta quarta-feira (13) que “os EUA, destruindo as normas internacionais, reconheceram Jerusalém como a capital de Israel. Basta dar alguns passos na cidade para perceber que Jerusalém se encontra ocupada” e chamou a decisão de Trump de “ilegítima e imoral”.
Erdogan disse ainda que “Israel é um país de ocupação e terror. O governo israelense tortura pessoas desarmadas”, e apelou pelo reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado ocupado da Palestina”.
O presidente turco agradeceu aos países que se expressaram contra decisão de Trump e disse acreditar “que os 196 países-membros da ONU apresentarão sua posição certa. Os EUA podem ser uma potência nuclear forte. Mas o mundo não lhes pertence”.
Líderes de 57 países pediram que Jerusalém Oriental seja reconhecida como a capital da Palestina e declararam que a ação unilateral de Trump na semana passada inviabilizou qualquer perspectiva dos EUA como mediador no processo de paz palestino-israelense.
Em sua declaração conjunta final a OCI proclama “Jerusalém Oriental como a capital do Estado da Palestina e convida todos os países a reconhecer o Estado da Palestina e a Jerusalém Oriental como sua capital ocupada”.
Em seu pronunciamento na cúpula, o presidente palestino Mahmoud Abbas afirmou que “Jerusalém é e sempre será a capital da Palestina” e denunciou que “os EUA estavam entregando Jerusalém como se fosse uma cidade americana”. Ele disse ainda que buscaria uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, e se não for possível, da Assembléia Geral da ONU, para anular a decisão da Casa Branca.
Abbas acrescentou que a Palestina buscará a ONU para obter o reconhecimento integral de sua condição de membro, e pedirá que a ONU assuma o comando do processo de paz, já que Washington “não está mais apto” para a tarefa.
O presidente turco, Recep Erdogan, que presidiu a cúpula, reiterou que “de agora em diante não há dúvidas de que os Estados Unidos são tendenciosos para serem mediador entre Israel e Palestina, esse período acabou”. “Precisamos discutir quem será o mediador a partir de agora. Isso também precisa ser abordado na ONU”, acrescentou o presidente Erdogan.