
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, teve um surto histérico por ter ficado de fora da reunião privada entre Jair Bolsonaro e Donald Trump, na terça-feira (19), no Salão Oval da Casa Branca, em Washington.
O motivo da ira do chanceler foi a presença do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), filho de Bolsonaro, no encontro – coisa que não estava prevista no protocolo da visita da comitiva brasileira aos Estados Unidos.
Araújo, que não participou da reunião privada, teve o ataque de fúria após ler no blog da jornalista Míriam Leitão, do jornal “O Globo”, que o Itamaraty saiu rebaixado com a presença de Eduardo no encontro com Trump e que, se o chanceler tivesse “alguma fibra”, deveria pedir para sair do cargo.
Comentário de Míriam Leitão:
“Foi uma vergonha para o Itamaraty. Assim um embaixador definiu a sua avaliação sobre a decisão do presidente Jair Bolsonaro de levar o filho Eduardo Bolsonaro para o encontro com o presidente Trump. De novo é algo que encolhe o Brasil. Não faz qualquer sentido. Se o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tivesse alguma fibra pediria para sair”.
A cena de chilique ocorreu na frente de vários ministros. O titular da pasta da Economia, Paulo Guedes, foi quem tentou acalmá-lo.
A jornalista Beatriz Bulla, do “O Estado de S. Paulo”, reforçou a humilhação sofrida por Araújo ao dizer que o filho de Bolsonaro assumiu o posto de chanceler informal do governo durante a viagem do pai aos Estados Unidos.
Após o encontro, Eduardo Bolsonaro disse que o próprio Trump o chamou para participar da reunião.