O Parlamento escocês aprovou uma lei garantindo que pelo menos 50% dos postos executivos nas instituições públicas sejam destinados a mulheres. A medida foi aprovada na quarta-feira (31), e terá validade em toda a esfera pública, a exemplo da polícia, bombeiros, colégios, universidades, fazendo da Escócia uma região precursora da defesa dos direitos das mulheres no Reino Unido.
Para a Secretária das Comunidades, Segurança Social e Igualdade da Escócia, Angela Constance, a medida busca “corrigir a escassa representação das mulheres nos conselhos públicos”, dando voz e “aumentando o impacto de suas decisões”. “As mulheres representam 51% da nossa população, mas estão pouco representadas em postos de direção. Isto não é aceitável”.
A medida se deu pouco depois do escândalo envolvendo uma jornalista da BBC, Carrie Gracie, que se demitiu após descobrir que ganhava menos que seus companheiros jornalistas do sexo masculino. Ela apresentou sua demissão no início de janeiro, alegando ser um absurdo a diferença salarial, onde as mulheres recebem salários menores que os homens, embora executem trabalho igual.