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“Começou com a nomeação de Eduardo Bolsonaro funcionário fantasma na liderança do PTB”
“O Jair Bolsonaro tinha um esquema junto com o Roberto Jefferson (PTB) para nomear o próprio filho como funcionário fantasma. Esse é o cara que diz combater a velha política, combater o ‘Centrão’”, denunciou o deputado federal e líder do Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri (DEM).
Em vídeo publicado em suas redes sociais, o deputado Kim Kataguiri mostra que “a parceria de Roberto Jefferson com Jair Bolsonaro é de longa data, é de esquema”.
“Em 2003, Eduardo Bolsonaro ocupou cargo comissionado na Câmara recebendo R$ 9,8 mil”. O cargo era na liderança do partido de seu pai, Jair Bolsonaro, na época, o PTB de Roberto Jefferson. O emprego era para assessoramento em comissões, o que exigiria que Eduardo cumprisse 40 h semanais em Brasília.
“Pode-se dizer que era nepotismo, mas a lei de nepotismo ainda não estava em vigor. Enquanto tinha esse emprego em Brasília, estava cursando os primeiros semestres do curso de direito no Rio de Janeiro”, apurou Kim, que chamou Eduardo de “funcionário fantasma”.
Com a recente reaproximação de Jefferson e Bolsonaro, os bolsonaristas começaram a acusar Rodrigo Maia de estar tentando derrubar Jair através de uma compra de votos.
Esse esquema estaria acontecendo através da aprovação do “Plano Mansuetto e da ajuda aos estados e, com esse dinheiro, comprar apoio para o impeachment”, diz Kim.
Mas o líder do MBL rebate essa versão dos bolsonaristas. “A maior parte dos deputados é de oposição nos seus estados, inclusive os líderes do ‘Centrão’ são de oposição nos seus estados. Não faria sentido comprar o voto desses deputados mandando dinheiro para os governadores”, pontuou o deputado.
Kim lembrou que Bolsonaro está tendo diversas reuniões com líderes dos partidos do Centrão. “Isso porque Bolsonaro está negociando o Banco do Nordeste, o FNDE e outras instituições federais”. “Cai por chão o discurso de que não ia negociar”.
O MBL, movimento liderado por Kim, apoiou Bolsonaro durante as eleições em 2018, mas começou a se distanciar com o correr do mandato. Na segunda-feira (27), o movimento protocolou um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.