
João Carlos Juruna, secretário-geral da Força Sindical, segunda maior central do país, em declaração para o HP, afirmou que “é fundamental que neste ano eleitoral façamos um 1º de Maio unitário e forte, com participação de todas as forças democráticas. De luta, em defesa da democracia, pois é nela que podemos conquistar nossos pleitos”.
Juruna, que também é vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos São Paulo e um dos principais organizadores do ato das centrais, espera “que o 1º de Maio das centrais sindicais seja um grito de unidade dos democratas na defesa da democracia, do emprego, dos direitos sociais. Isolar Bolsonaro e os que defendem o autoritarismo é fundamental nesse momento”.
“Você não pode convidar um aliado para uma festa e transformá-la numa arapuca”, diz João Carlos.
CARESTIA
A celebração do Dia Internacional do Trabalhador acontece quando o país sofre a maior crise de sua história, com a carestia fora de controle, 11,9 milhões de desempregados, mais de 40% da população em trabalho precário e a queda da renda média do brasileiro de 8,75%, conforme dados do IBGE. E mais, ameaças do Bolsonaro de tumultuar as eleições e o desrespeito às instituições democráticas.
Segundo a convocatória assinada pelas centrais sindicais, “é urgente sair desta crise. O ato unificado do Dia do Trabalhador irá intensificar nossa luta por mudanças na economia, e para ampliar nossos direitos, principalmente neste ano que teremos eleições”.
AMPLO
As centrais sindicais enviaram convites para Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e Luiz Fux, presidente do STF, para representantes de movimentos e organizações como a UNE, MST, OAB, ABI, SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil).
Foram convidados ao ato os presidentes dos partidos MDB, PSB, PDT, PT, PCdoB, PSDB, PSOL, Solidariedade e PL. Assim como o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia; o prefeito da capital, Ricardo Nunes; o coordenador do Fórum dos Governadores do NE, Wellington Dias, o representante da Frente Nacional de Prefeitos, Edvaldo Nogueira, e personalidades políticas como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, os presidenciáveis Lula e Ciro Gomes, o 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, Guilherme Boulos, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e os ex- governadores de São Paulo, Márcio França e Geraldo Alckmin.
O mega ato, que vai acontecer na Praça Charles Miller, no Pacaembu, a partir das 10 horas da manhã, terá shows de Leci Brandão, Daniela Mercury, KL Jay, Dexter e Francisco El Hombre.
CARLOS PEREIRA
