As empresas públicas representam 5,4% do PIB do país (referente a 2024) e geraram R$ 116,6 bilhões de lucro líquido no ano passado
O governo federal deve fechar 2025 com receitas de R$ 52,4 bilhões em dividendos das estatais, o terceiro maior valor da série histórica. Os dados são do último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do Orçamento, reunidos pelo jornal Valor Econômico e divulgados nesta segunda-feira (22).
Neste ano, a União recebeu R$ 38,1 bilhões em dividendos no acumulado até outubro, o último mês com dados disponíveis. Assim como nos últimos anos, a Petrobrás e o BNDES são as companhias que mais deram retorno à União. A Petrobrás já pagou R$ 12,5 bilhões em 2025, e informou que fará novo repasse referente ao lucro do segundo trimestre. Em 2024, a Petrobrás repassou R$ 29,7 bilhões.
O BNDES já pagou R$ 16,1 bilhões em dividendos à União até 31 de outubro deste ano. Em 2024, o banco de desenvolvimento foi responsável por R$ 29,5 bilhões em dividendos para os cofres públicos. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, distribuiu o total de R$ 5,11 bilhões.
Para 2026, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) prevê receita de R$ 54,1 bilhões em dividendos e participações. A estimativa é que Petrobrás, Caixa e Banco do Brasil repassem valores semelhantes ao longo deste ano, porém o BNDES deve aumentar seus repasses.
O lucro e a capacidade de distribuição de dividendos das estatais para a União contrariam as defesas privatistas: segundo dados do Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos, as estatais federais representam 5,4% do PIB do país (referente a 2024) e geraram R$ 116,6 bilhões de lucro líquido no ano passado.











