Estivadores de Barcelona decidem não carregar armas em navios enquanto seguir massacre em Gaza

Contêineres se acumulam no porto de Barcelona (Reprodução)

Em assembleia, organização de portuários decidiu “não permitir atividade de barcos que contenham material bélico” para deter a chegada de armas aos genocidas israelenses

Não carregar, descarregar ou realizar tarefas que facilitem a ida de qualquer navio pelo mar Mediterrâneo com material bélico para abastecer Israel enquanto continuar a agressão aos palestinos.

Após os sindicatos belgas de logística dos aeroportos decidirem não participar da máquina de matar, desta vez foi a Organização de Estivadores Portuários de Barcelona (OEPB) se contraporem à carnificina praticada pelas tropas do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra o povo palestino. Em assembleia do comitê da empresa, na segunda-feira (6), os estivadores decidiram dar um basta e “não permitir a atividade de barcos que contenham material bélico”.

Conforme o sindicato, o posicionamento dos mil trabalhadores é uma forma de “proteger a população civil”, manifestando-se “com veemência” em defesa da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da “rejeição absoluta de qualquer forma de violência”. Em 2011, os estivadores realizaram não apenas um gigantesco boicote contra a agressão à Líbia e ao extermínio de civis, como converteram o porto em fonte de ajuda humanitária ao país agredido.

De acordo com os portuários de Barcelona, como não se têm a “capacidade de saber o que há nos contêineres”, a organização apela às Organizações Não Governamentais (ONGs) que informem sobre qualquer envio de armas a partir deste porto, a fim de que sejam interceptadas.

O jornal El Diário, de Barcelona, disse que o governo espanhol assegurou que não prevê exportar armas letais para  que possam ser utilizadas contra a Faixa de Gaza, enquanto admitiu já ter comprado 300 milhões de euros em material bélico de Israel somente em 2023, tendo ainda o compromisso de gastar 700 milhões nos próximos anos.

MINEIROS DA COLÔMBIA QUEREM DETER EXPORTAÇÃO A ISRAEL

O Sindicato dos Trabalhadores de Carvão da Colômbia (Sintracarbón) lançou um manifesto defendendo que seu governo pare imediatamente com as exportações de carvão e de metais para Israel, em um documento em que compara a ocupação israelense e de seu exército com o holocausto nazista.

“Rejeitamos qualquer ação que tenha civis como alvo, especialmente crianças, mulheres e pessoas idosas, que estão sendo massacradas neste momento pelo governo de Israel em resposta à infame e covarde ação de um grupo que não representa a totalidade do povo palestino”, assinala o manifesto.

“A resposta do governo israelense foi descrita pelo presidente Gustavo Petro como similar ao que aconteceu nos campos de concentração nazistas” continua a carta escrita pelos trabalhadores, fortalecendo a linha da pressão diplomática pelo governo de Gustavo Petro para fortalecer o movimento mundial que começa a incluir ações de governos para deter o genocídio.

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