Um dia após o ataque histérico do regime de apartheid israelense contra o Brasil, o secretário Antony Blinken foi enviado por Biden para enfatizar a Lula o apoio do país à p⁷residência do Brasil no G20
O presidente Lula se reuniu na manhã desta quarta-feira (21) com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, no Palácio do Planalto. Blinken esteve em Brasília antes de viajar para o Rio de Janeiro onde participa da reunião de ministros do G20, que está sob a presidência do Brasil.
Segundo comunicado do governo dos EUA, o secretário foi enviado pela Casa Branca para enfatizar a Lula o apoio do país à presidência do Brasil no G20.
O regime de Benjamin Netanyahu, já isolado pelos crimes hediondos cometidos em Gaza, se desgastou ainda mais ao desrespeitar o Brasil e fazer uma reprimenda pública ao seu embaixador em Tel Aviv. Não satisfeito em tentar humilhar o Brasil, o governo de Israel declarou Lula ‘persona non grata’ no país.
Lula se somou à indignação mundial e fez duras críticas ao genocídio praticado pelo regime israelense na região da Faixa de Gaza e comparou os crimes cometidos pela ditadura de Israel contra a população civil da Palestina aos crimes de Hitler contra os europeus do leste na II Guerra Mundial. Os nazi-sionistas acharam que os EUA dariam força para a sua arrogância e reprimiriam Lula. No entanto, como ficou claro na atitude de Blinken, este apoio não veio.
O governo brasileiro reagiu com firmeza logo após a agressão israelense e convocou o embaixador a Brasília para dar explicações sobre o ocorrido.
“Não é aceitável que uma autoridade governamental aja dessa forma. Além de tentar semear divisões, busca aumentar sua visibilidade no Brasil para lançar uma cortina de fumaça que encubra o real problema do massacre em curso em Gaza, onde 30 mil civis palestinos já morreram, em sua maioria mulheres e crianças, e a população submetida a deslocamento forçado e a punição coletiva”, criticou o chanceler brasileiro em nota.
A declaração de Blinken dando apoio a Lula na presidência do G20 logo após o regime de Israel tê-lo tornado persona no grata no país só atesta o profundo isolamento de Netanyahu e do apartheid de Israel.
As atitudes fascistas de Benjamin Netanyahu e a sua insistência em continuar matando mulheres e crianças palestinas a luz do dia em Gaza – já morreram mais de 30 mil pessoas –, e fazendo isso com transmissão online para todo o planeta, está indignando o mundo e trazendo problemas crescentes até mesmo para Joe Biden que vinha financiando o morticínio. Biden está despencando nas pesquisas pelo apoio aos crimes de Netanyahu.
No mesmo momento em que desacata o Brasil, o regime de Israel está também no banco dos réus no Tribunal Penal Internacional, de Haia. Ele responde por crimes de genocídio em Gaza. O processo, o primeiro do gênero da história, foi aberto a pedido da África do Sul e os depoimentos de 52 países começaram na segunda-feira (19) em Haia. Israel não compareceu ao julgamento.
O Brasil se manifestou através da embaixadora Maria Clara de Paula Tusco que afirmou que “o mundo não pode aceitar ocupação de territórios palestinos por Israel”.
“A ocupação de Israel dos Territórios Palestinos, persistente desde 1967 em violação ao direito internacional e a numerosas resoluções da Assembleia Geral da ONU e do Conselho de Segurança, não pode ser aceita, muito menos normalizada pela comunidade internacional”, destacou a diplomata, que chamou as operações militares desproporcionais e indiscriminadas de Israel em Gaza, de “eventos trágicos”.
A cúpula da União Africana, composta por 52 países e que se reuniu na Etiópia, onde Lula fez oscomentários, também se manifestou contra Israel. “É preciso deter o genocídio perpetrado por Israel em Gaza”, afirmou presidente da União Africana, Azali Assoumani. “Apoiei a queixa que a África do Sul apresentou à Corte Internacional, denunciando o genocídio que Israel está cometendo na Palestina”, acrescentou Azali.