“Estados Unidos dá suporte aéreo a uma guerra genocida que a Arábia Saudita está perpetrando contra o Iêmen”, declarou a escritora Marianne Williamson, autora, entre outros livros, de “Manual para uma Nova Revolução Americana” e agora pré-candidata à Casa Branca pelo Partido Democrata.
Ao falar no programa “Face the Nation” no domingo, dia 28, denunciou que “dezenas de milhares de pessoas passam fome, incluindo crianças”.
Marianne é uma das pré-candidatas do Partido Democrata, entre eles a ex-vice-presidente do partido, deputada Tulsi Gabbard, o segundo colocado na disputa pela nominação democrata nas últimas eleições, senador Bernie Sanders.
Ao falar ao programa da rede CBS, Marianne Williamson destacou que “não estou dizendo que a América foi perfeita em algum momento, mas houve tempo neste planeta onde outras nações, incluindo os Estados Unidos da América, enxergavam certo quando se tratava de política internacional, ao menos tentávamos nos colocar pela democracia e pelo humanitarismo”.
Para ela, o principal não é a questão de financiar a estrutura militar, “que deve ter o que necessita para os legítimos propósitos de segurança”, e prossegue: “Minha crítica é às decisões políticas que têm mais relação com a maximização dos lucros a curto prazo”.
“O que nós necessitamos é promover a paz. Minha proposta é a criação de um Departamento da Paz”, enfatizou.
PRÉ-CANDIDATO SANDERS: ‘EUA DEVE SUSTAR APOIO MILITAR A ISRAEL PELO FIM DA OCUPAÇÃO’
Outro dos pré-candidatos, o senador Bernie Sanders, afirmou, que é “absolutamente a favor do corte de ajuda militar a Israel como pressão para mudar ações de seu governo”.
Na entrevista a Jon Favreau, editor do podcast “Save America”, Sanders ressaltou sua condição de judeu, com familiares em Israel e reafirmou: “Não sou anti-Israel”.
Ele deixou claro sua repulsa “às tendências racistas do governo Netanyahu”, assim como “à perniciosa e feia ditadura da Arábia Saudita”. Sanders esteve entre os congressistas democratas que apoiaram resoluções suspendendo a venda de armas aos sauditas pelos Estados Unidos, para que o país se afaste dos crimes de guerra no Iêmen, proposições vetadas por Trump.
O senador destacou que sua posição com relação a Israel não pode afastá-lo da preocupação com “o tratamento dos palestinos com o carinho e respeito que eles merecem”.