Em um intervalo de 12 horas, dois tiroteios, um em Dayton (Ohio) e outro em El Paso (Texas), deixaram 29 mortos e 52 feridos.
O assassino, que atirou de um rifle AK-47 sobre pessoas que se encontravam em um supermercado da rede Walmart, em El Paso, disparando várias rajadas de seu rifle sobre funcionários e compradores, corredor por corredor, deixou um recado racista antes de perpetrar seu crime.
Publicou suas invectivas no site supremacista ’forum & chan’ 20 minutos antes do primeiro chamado de Socorro acontecer no supermercado.
Em sua declaração, pouco antes de tirar a vida de 20 pessoas e ferir 26, apoiou o assassino que executou os massacres na cidade Christchurch, na Nova Zelândia, em março, matando 51 pessoas em duas mesquitas e que afirmava querer acabar com muçulmanos e imigrantes. O atirador de El Paso, acrescentou que seu objetivo era deter a “invasão hispânica no Texas”.
“A pesada presença da população hispânica no Texas fará do Estado uma base democrata”, declarou ainda. Na opinião dele “as elites estão tentando substituir brancos descendentes de europeus por imigrantes do Oriente Médio e África”.
A deputada democrata texana, Veronica Escobar, disse que o assassinato em massa “é fruto do ódio” e, referindo-se aos disparates do assassino, que “o manifesto está alimentado pelo ódio, pelo racismo, intolerância e divisionismo”.
Após o massacre em Dayton, com 9 mortos, a prefeita Nan Whaley, declarou seu pesar pelas vidas perdidas em sua cidade durante um show noturno, e acrescentou que o número teria sido maior não fosse a chegada dos policiais em um minuto a partir do primeiro disparo.
Estes dois últimos massacres por atiradores fazem parte de uma repetição de agressões desse tipo que afligem a sociedade norte-americana. Antes deles, outros dois tiroteios aconteceram, nos meses de junho e julho; um em Virginia Beach, com 12 mortos e 6 feridos e outro na cidade de Giroy, Califórnia, com três mortos e 15 pessoas feridas.