Junta de Zelensky mantém religiosos no cárcere e expulsou clérigos do mais tradicional mosteiro ucraniano
As organizações internacionais falharam em reagir adequadamente à perseguição de Kiev à Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), enquanto Washington, que se autoproclama campeão global das liberdades religiosas, abafa esses crimes e os aprova tacitamente, denunciou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em relatório de 30 páginas divulgado na terça-feira (25).
O regime Zelensky mantém religiosos ortodoxos no cárcere e expulsou em março os clérigos da UOC do mais tradicional mosteiro ortodoxo do país, o Pechersk Lavra de Kiev. O ministro da Cultura, Aleksandr Tkachenko, cujo departamento é responsável pelo local, disse na época que os monges poderiam ficar se concordassem em desertar para uma igreja de fachada criada sob o governo de discriminação de Poroshenko. A UOC tem laços históricos com a Igreja Ortodoxa Russa.
O relatório detalha como Kiev tem apertado o torquês sobre a UOC por meio de legislação discriminatória, ações policiais direcionadas, apoio clandestino a conversões forçadas de paróquias e apologia ao discurso de ódio contra o clero e os fiéis, entre outras coisas.
A ONU confirmou a existência dessas políticas discriminatórias de Kiev em várias ocasiões, observou o relatório. No entanto, os apelos russos ao órgão internacional e às principais organizações de direitos humanos para intervir foram inúteis, afirmou.
O problema, “infelizmente ainda não é considerado uma prioridade pela ONU e outras organizações relevantes”, segundo o ministério. Em resposta aos pedidos de Moscou, eles “geralmente dão respostas não comprometedoras que dizem que estão monitorando a situação”, mas não fornecem “reação adequada”.
O documento acusa Washington de conivência com as perseguições aos crentes ortodoxos na Ucrânia e de jamais ter criticado esse arbítrio. “Por sua inação, eles aparentemente sinalizam a seus subordinados que aprovam suas ações ilegais”.