O governo de Israel anunciou, na quinta-feira, que vai receber mais um pacote de “ajuda” militar dos EUA no total de US$ 8,7 bilhões de dólares. Trata-se de mais bombas – uma criminosa cumplicidade – em apoio ao genocídio de palestinos em Gaza, na Cisjordânia e que agora se estende com o massacre contra o povo libanês.
“O diretor-geral do Ministério da Segurança [MSI] de Israel, major-general Eyal Zamir, concluiu as negociações em Washington para um pacote substancial de ajuda dos EUA de US$ 8,7 bilhões para apoiar os esforços militares em andamento de Israel,” comunicou aquele ao qual cabe a denominação de Ministério da Guerra israelense.
“O pacote compreende US$ 3,5 bilhões para aquisições essenciais em tempo de guerra, que já foram transferidos para o MSI e US$ 5,2 bilhões designados para sistemas de defesa aérea, incluindo o Iron Dome, David’s Sling e um sistema avançado de laser,” completou. Iron Dome e David’s Sling são sistemas de interceptação de misseis.
Mesmo contra a própria opinião pública, que segundo pesquisas, mais da metade do povo norte-americano é contra o envio armas a Israel, o governo americano continua a enviar equipamentos e dinheiro para Israel.
70% das armas que Israel está usando em Gaza, Cisjordânia e Líbano vêm dos Estados Unidos.
Segundo o Ministério da Saúde do Líbano, nestes últimos quatro dias, Israel matou mais de 701 pessoas e deixou mais de 2.173 feridos, na maioria civis. Os números oficiais das mortes em Gaza já passa de 41.500 pessoas, na maioria mulheres e crianças.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, em seu discurso para a Assembleia Geral das Nações Unidas, na quinta-feira, em Nova Iorque, acusou os EUA de auxiliar Israel no genocídio contra palestinos e de permitir a continuidade dos massacres usando de vetos contra o cessar-fogo, no Conselho de Segurança da ONU.
“Lamentamos que os Estados Unidos obstruíram três vezes o projeto de resoluções do Conselho de Segurança que exigem que Israel cumpra um cessar-fogo,” disse Abbas. “Os Estados Unidos foram os únicos que disseram: ‘Não, a luta vai continuar’. Enquanto os EUA a apoiarem, por que não continuar?,” Abbas questionou.
Sobre os ataques contra o Líbano, Abbas repudiou o morticínio de Israel. “Condenamos essa agressão e exigimos que ela pare imediatamente,” enfatizou.