A resolução foi aprovada pela Assembleia Geral da ONU com apoio de 116 países.
A resolução apresentada pela Rússia para “combater a glorificação do nazismo, neonazismo e outras práticas que contribuem para a escalada das formas contemporâneas de racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância relacionada” foi adotada na segunda-feira (11) pelo Terceiro Comitê da Assembleia Geral da ONU, apesar da oposição dos EUA, Reino Unido e Ucrânia.
A resolução proposta pela Rússia foi co-patrocinada por dezenas de países, incluindo China, Brasil, África do Sul, Armênia, Belarus, Mali, Coreia do Norte e Sérvia. Desde 2005, a Rússia todo ano apresenta e aprova resolução contra a glorificação do nazismo.
A resolução foi apoiada por 116 países, enquanto 54 votaram contra e 11 se abstiveram. Entre os que se opuseram ao documento estavam a Ucrânia, os EUA, o Reino Unido, a Alemanha, a Itália, a Espanha, o Japão, a Hungria e o Canadá.
Em janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, enfatizou em uma coletiva de imprensa que a oposição repetida da Alemanha, Itália e Japão à proibição da glorificação do nazismo levanta dúvidas sobre os processos ideológicos em curso no Ocidente.
Observações feitas após a Assembleia Geral da ONU ter adotado, em dezembro de 2023, uma resolução sobre a inadmissibilidade da glorificação do nazismo, sob resistência explicita de certos países ocidentais, a começar pelos EUA, o que se repetiu este ano.
“O fato de que nos últimos dois anos esses países têm votado contra uma resolução que pede a prevenção do renascimento do nazismo leva a reflexões bastante sérias e nos faz pensar sobre a direção em que os processos ideológicos estão se desenvolvendo não apenas nesses estados, mas também no Ocidente como um todo”, disse na época o chanceler russo.
Na Europa, normalizou-se Estados que se consideram herdeiros de colaboracionistas de Hitler, como o atual regime de Kiev e a Letônia.