Casa Branca não quer a paz. Resolução brasileira, vetada pelos EUA, condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns
O texto apresentado pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU de pausa humanitária e a criação de corredores de ajuda a civis recebeu o voto favorável de 12 países membros do órgão, duas abstenções e apenas um voto contrário.
O único país que votou contra foi os EUA. A Casa Branca, que estimula a guerra na Europa, está insuflando a guerra também no Oriente Médio e impediu o cessar-fogo pretendido por toda a comunidade internacional.
Apesar de isolado no Conselho de Segurança, os Estados Unidos usaram o seu poder de veto e impediram que a proposta aprovada fosse colocada em prática. Os EUA estão levando navios de guerra para a região com o intuito de incendiar ainda mais a agressão de Israel contra os palestinos.
O texto brasileiro, vetado pelos EUA, condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns. A resolução proposta pelo Brasil pedia, ainda, pausas no conflito que permitissem o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, região onde a guerra está concentrada.
A votação do texto elaborado pelo Itamaraty havia sido adiada duas vezes – a primeira por mudanças no texto e a segunda por conta do bombardeio israelense a um hospital na Cidade de Gaza, que deixou quase 500 mortos. A sessão foi aberta pelo embaixador do Brasil na ONU. Em seguida, o representante da Rússia sugeriu duas mudanças ao texto, e a resolução foi para votação, e o resultado foi o seguinte:
Doze países votaram a favor do texto – entre eles França e China.
Apenas um país – os Estados Unidos – votou contra.
E dois – Rússia e Reino Unido – se abstiveram.
Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, anunciou o veto à busca do governo brasileiro pela paz no Oriente Médio. Os norte-americanos têm a prerrogativa de vetar uma resolução já que são uma das nações com assento permanente no Conselho de Segurança.