O presidente Evo Morales desafiou os entreguistas bolivianos a ir às eleições gerais de 20 de outubro sem disfarces, para que disputem apenas dois partidos, o do Movimento ao Socialismo – Instrumento Político para a Soberania dos Povos (MAS-IPSP) e o que defende o retorno à submissão ao estrangeiro, “os que lutam pelos pobres e humildes” contra os “ricaços e saqueadores do país”.
“Os pró-imperialistas, os neoliberais do passado têm todo o direito de se unir e que se unam. Que bom seria termos somente dois partidos, dois movimentos políticos para nos enfrentarem nas eleições democraticamente”, declarou o líder boliviano, durante a inauguração das obras para a linha de alta tensão Padilla-Monteagudo-Camiri, em Chuquisaca. A entrega da linha de 125 quilômetros faz parte das comemorações do dia 25 de maio de 1809, o Primeiro Grito Libertário da América, e se enquadra dentro do programa Minha Luz, destinado a beneficiar a população das regiões mais afastadas.
Evo assegurou que, ao lado do vice-presidente Álvaro García Linera, o povo está unido com a Central Operária Boliviana (COB), com profissionais, intelectuais, jovens e estudantes patriotas para respaldar as candidaturas do MAS e dar continuidade ao desenvolvimento, com ênfase na industrialização do país andino, iniciado após a libertação econômica, social e política possibilitada pela nacionalização dos hidrocarbonetos.
De acordo com o jornal El Deber, a oposição sentiu o revés da visita do secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, que reconheceu o direito de Evo à terceira postulação da candidatura. A partir daí, acalentados política e financeiramente por Washington, os oposicionistas voltaram a “namorar” a ideia de marcharem unidos nas próximas eleições.