Marchando ao lado de sindicalistas da Central Obrera Boliviana (COB), o presidente Evo Morales anunciou o aumento do salário mínimo em 5%, elevado de 2 mil para 2 mil e 60 bolivianos (mais de 300 dólares), e um aumento geral de 3% para os demais.
Portando um capacete de mineiro, Evo marchou na cidade de Oruro, a 230 quilômetros da capital, La Paz, e destacou como a nacionalização dos hidrocarbonetos (petróleo e gás), ocorrida há 12 anos, permitiu investir nos setores estratégicos da economia e valorizar a classe trabalhadora. A renda petroleira, por exemplo, passou de US$ 4,5 bilhões anteriormente à nacionalização, em 2006, para US$ 35 bilhões em 2017. Com o fortalecimento dos setores estratégicos e a expansão das pequenas e médias empresas, houve um avanço no combate ao desemprego, reduzido de 8% para 4%, conforme as cifras oficiais.
“Qualquer aumento salarial move a economia nacional, o mercado externo é importante, porém é o mercado interno o que mais importa”, afirmou o presidente, que anunciou o pagamento até o final do ano do “segundo aguinaldo”, que consiste em um décimo quarto salário, caso a economia do país atinja um aumento de 4,5%.
O país andino tem liderado nos últimos anos o crescimento do PIB na América Latina, com um PIB de 4,85%, em 2015; de 4,26%, em 2016 – conforme o Banco Mundial -, que projeta mais de 4,3% para 2017 e um patamar semelhante para este ano.