O ex-assessor de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), Márcio Gerbatim, sacava mensalmente todo o salário que recebia do gabinete, mostram extratos obtidos através de quebra de sigilo bancário.
Entre abril de 2008 e abril de 2010, Gerbatim recebeu R$ 81.143,64 como salário do gabinete de Carlos Bolsonaro. No mesmo período, sacou em dinheiro vivo um total de R$ 90.028,96.
Ele é ex-companheiro de Márcia Aguiar, atual mulher de Fabrício Queiroz.
Márcio também foi assessor do atual senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), e foi por isso que teve seu sigilo bancário quebrado. O filho “01” de Bolsonaro é investigado por um esquema de “rachadinha” no gabinete da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A prática da “rachadinha” é quando o parlamentar nomeia servidores em seu gabinete com a condição destes repassarem parte ou todo dinheiro que recebem da Casa legislativa para o parlamentar, desviando o recurso público.
Como a quebra de sigilo foi até 2007, foi possível verificar que Márcio Gerbatim já fazia saques no valor integral de seu salário quando era assessor de Carlos Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro contratou servidores-fantasmas para “trabalhar” em seu gabinete. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) afirmou, em relatório, que “há indícios, ao menos em tese, do crime de peculato na contratação de servidores de Carlos Bolsonaro”.
A investigação identificou “servidores com idade elevada, e que moram em outros municípios e até em outros estados, distantes de onde é exercido o mandato do vereador Carlos Bolsonaro”, o que “inviabilizaria o cumprimento das funções de assessoria parlamentar”.