Moshe Feiglin, político israelense e ex-deputado do partido de Netanyahu (Likud) invocou Adolf Hitler ao verberar, em entrevista na TV, por uma Faixa de Gaza sem palestinos, a quem denominou de “islamonazistas”
No ar, pelo Canal 12, Feiglin advogou o reassentamento judaico em Gaza, chamando a tornar o território palestino em uma “Gaza hebraica”.
“Assim como disse Hitler, ‘Eu não posso viver se um judeu sobrar’. Não podemos viver aqui se um islamonazista’ permanecer em Gaza”, afirmou o racista, acrescentando que “não somos hóspedes em nosso país, este é nosso país, tudo isso”.
As diatribes de Feiglin circularam neste domingo (16) nas redes sociais israelenses.
Feiglin representou o Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu entre 2013 e 2015, antes de deixá-lo para fundar seu próprio partido de extrema direita Zehut (“Identidade”). No início deste ano, ele anunciou sua intenção de concorrer contra o Likud nas próximas eleições, dizendo que a decisão foi estimulada pelo que descreveu como falhas de Netanyahu na Faixa de Gaza.
Netanyahu encabeça o genocídio em Gaza há mais de oito meses, já havendo assassinado mais de 37.000 palestinos e ferido 85.000, a maioria mulheres e crianças, e arrasou 60% das casas e prédios e praticamente toda a infraestrutura civil, além de expulsar de suas casas mais de 1 milhão de palestinos.
Em um comício em janeiro, Feiglin, exigiu a deportação de palestinos de Gaza, pedindo um “primeiro-ministro diferente que esteja disposto a colocar o pescoço para vencer. Zehut fornecerá, sempre que as eleições acontecerem, tal candidato”.
“Para nós, a guerra em Gaza não é apenas uma guerra defensiva. É uma guerra de libertação, a libertação da terra de seus ocupantes”, disse Feiglin a apoiadores.
Em outubro passado, em entrevista à Al Jazeera, Feiglin também já havia pedido a “destruição completa de Gaza, antes de invadi-la (…) Destruição como Dresden e Hiroshima, sem arma nuclear”. No início deste mês, Feiglin participou de profanações provocativos à mesquita de Al-Aqsa ( em Jerusalém, o sítio mais sagrado para os muçulmanos da Palestina) junto com dezenas de fanáticos israelenses que gritavam “morte aos árabes” e “sua aldeia vai queimar” em meio a cânticos e rituais judaicos.
Toda essa estupidez nazista acontece em meio ao extermínio planificado e executado de palestinos, em um território do qual se dizia o abrigo para os judeus contra o antissemitismo (do qual o nazismo é o seu paroxismo) e impunimente.