O ex-gerente da Transpetro, José Antonio de Jesus, foi preso pela Polícia Federal (PF), na terça-feira (21), na 47ª fase da Operação Lava Jato. Ele é acusado de receber R$ 7 milhões em propina da empresa de engenharia NM, entre 2009 e 2015, em troca de favores em contratos com a subsidiária da Petrobrás.
Os contratos, relacionados às áreas de engenharia e dutos, ultrapassavam o valor de R$ 1,5 bilhão, segundo a procuradora da República Jerusa Burmann Viecili.
“Houve um dos esquemas mais rudimentares de lavagem de dinheiro da Lava Jato. A propina saía da conta bancária da empresa de engenharia para a conta bancária de empresa do filho sem qualquer contrato ou justificativa para o repasse do dinheiro”, diz a procuradora.
Segundo Viecili, ainda está sendo investigado quanto dos R$ 7 milhões de propina foram destinados ao Partido dos Trabalhadores (PT) e quem seriam os políticos beneficiados com o dinheiro.
A mesma empresa também teria pago uma outra quantia em separado, direto para a presidência da Transpetro, esta repassada para o PMDB.
O procurador Athayde Ribeiro Costa afirmou, em nota emitida pelo MPF, que “houve um esquema político-partidário contínuo e duradouro na Transpetro, como na Petrobrás”