Gerson Camata, 77, emedebista histórico e ex-governador do Espirito Santo, foi assassinado na tarde desta quarta-feira. O assassino foi preso no local e admite ter feito por conta de ação judicial movida por Camata contra ele.
Marcos Venicio Moreira Andrade, 66, ex-assessor de Gerson, admitiu ter cometido o assassinato em frente a um restaurante em Vitória, por conta de uma ação judicial movida pelo ex-governador e que estava lhe bloqueando R$ 60 mil.
“Na tarde de hoje, o assessor foi tirar satisfação ao encontrar Gerson Camata na rua, na calçada, próximo a uma banca de revista e a uma padaria. Neste encontro, iniciou uma discussão verbal, onde o assessor sacou a arma e efetuou o disparo contra o ex-governador”, explica o secretário estadual de Segurança Pública, Nylton Rodrigues.
Camata, depois de ter sido deputado estadual, federal e vereador de Vitória, foi eleito em 1982 governador do Espirito Santo. Essa eleição foi marcada por importantes vitórias regionais da oposição à ditadura. Junto com Gerson, foram eleitos mais oito governadores do MDB, entre eles Tancredo Neves, além de Leonel Brizola pelo PDT.
A partir de 1986, foi eleito senador da República e se manteve no cargo até 2011. Foi casado com a ex-deputada Rita Camata. O ex-governador deixa dois filhos.
Segundo nota emitida pelo MDB, Gerson foi “um dos mais importantes quadros do partido e do processo de redemocratização do País. Camata teve sua trajetória marcada pelo compromisso com seu Estado”.