Alexandre Benalla, ex-chefe de segurança do presidente da França, Emmanuel Macron, foi novamente indiciado por “ingerência no exercício da função pública” e cometer “violência voluntária” contra um cidadão que protestava por seus direitos no 1º de maio. Após ser flagrado no mesmo dia por “participar ativamente” da agressão e prisão de um manifestante em Paris, agora responde na Justiça por este abuso cometido no Dia do Trabalhador, informou a AFP.
A agência de notícias francesa lembra que em novembro, após um interrogatório tenso, três juízes indiciaram Benalla por suas brutalidades, às quais ele tentou reduzir a “reflexo de um cidadão de bem”. “Dei minha ajuda à força pública para deter um delinquente violento que acabava de cometer um ato grave contra os policiais”, alegou o antigo homem-chave da segurança de Macron, que precisou ser demitido quando o caso veio à tona.
A imagem que fez explodir o escândalo foi capturada de um vídeo em que escancara Benalla, de 26 anos, vestido ilegalmente com uniforme policial, com capacete e braçadeira, agredindo covardemente um manifestante. Ao lado de Vincent Crase, funcionário do partido do presidente, o “senhor segurança” – como é chamado pela imprensa francesa – foi detido, sendo acusados, entre outros, de violência e usurpação de funções. Outro vídeo mostra detalhadamente o ex-chefe de segurança empurrando uma garota pelo pescoço e depois batendo em um jovem durante o protesto.
Benalla, que tinha um escritório no Palácio do Eliseu – onde fica a residência presidencial e estava localizado o seu gabinete -, foi responsável pela segurança de Macron durante a campanha, antes de ser nomeado seu colaborador direto.