21 cheques depositados na conta da primeira-dama, 25 mil depositados na conta da mulher de Flávio. Os esquemas são antigos: primeira mulher de Jair Bolsonaro e mãe do trio ‘01”,”02” e ‘03”, a ex-vereadora Rogéria, já comprava imóveis com dinheiro vivo de origem desconhecida
A primeira mulher de Jair Bolsonaro e mãe do trio ‘01”,”02” e ‘03”, Rogéria Bolsonaro, já usava há muito tempo o expediente de comprar imóveis com dinheiro vivo de origem desconhecida, como continuaram a fazer os seus filhos e seu ex-marido.
Em 1996, ela comprou um apartamento em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, que, corrigido, vale hoje R$ 621,5 mil, e pagou em dinheiro vivo, segundo reportagem de “O Globo” desta terça-feira (11).
Nesta época ela era vereadora no Rio de Janeiro e tinha 66 assessores em seu gabinete, muitos deles membros da família.
Jair Bolsonaro nesta ocasião era deputado federal e, segundo o ex-governador Ciro Gomes (PDT), que também era deputado, “todo mundo na Câmara sabia que Bolsonaro tinha funcionários fantasmas e ficava com os salários”.
A escritura pública do 21º Ofício de Notas do Rio foi obtida pelo jornal e registrou que o pagamento ocorreu em dinheiro vivo, e foi “integralmente recebido” no ato de produção do documento de venda. Na ocasião da aquisição, ela era casada em regime de comunhão parcial de bens com o então deputado federal e agora presidente Jair Bolsonaro. O casal se separou entre 1997 e 1998.
Assim como Rogéria Bolsonaro, outra ex-mulher do presidente usou dinheiro vivo para ampliar o patrimônio. A revista Época mostrou que, nos dez anos em que estiveram juntos (1998 a 2008), Ana Cristina Valle comprou, com Bolsonaro, 14 imóveis, avaliados em R$ 3 milhões na data da separação – o equivalente hoje a R$ 5,3 milhões.
O pagamento ocorreu em dinheiro vivo em cinco transações, que somaram R$ 243,3 mil (R$ 680 mil em valores atuais). Ana Cristina é investigada no procedimento que apura “rachadinha” no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro, de quem foi assessora.
Estes fatos revelam que a lavanderia montada nos gabinetes parlamentares de integrantes da família Bolsonaro, como o que foi descoberto pelo Ministério Público do Rio, com a ajuda do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) é mesmo muito antiga e funcionava ativamente no desvio de dinheiro público para o bolso dos parlamentares.
Só na conta de Fabrício Queiroz passaram, segundo o relatório do COAF, R$ 7 milhões entre 2014 e 2017.
Só na conta de Fabrício Queiroz passaram, segundo o relatório do COAF, R$ 7 milhões entre 2014 e 2017
Nesta semana, ao se tornarem públicas as quebras de sigilo bancário do “faz tudo” de Flávio Bolsonaro, foram identificados 21 cheques, no valor toral de R$ 72 mil, depositados por ele na conta da atual primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A descoberta desmente a versão dada por Jair Bolsonaro, dada por ele quando se descobriu o primeiro cheque de Queiroz na conta de Michelle, no valor de R$ 24 mil. Na época, Bolsonaro disse que tinha feito um empréstimo para Queiroz e que ele estava pagando. Agora, surgiram mais 21 cheques de Queiroz na conta da primeira-dama. Haja empréstimos para explicar tudo isso.
Na mesma quebra de sigilo, o Ministério Público do Rio descobriu também que Queiroz depositou mais R$ 25 mil em dinheiro vivo na conta da mulher de Flávio Bolsonaro, Fernanda Bolsonaro. O dinheiro teria sido usado para a compra de um imóvel.
Isso veio a público depois da divulgação, já conhecida de todos, de que o assessor do deputado pagava regularmente boletos, também em dinheiro vivo, de mensalidades escolares e planos de saúde do casal, Flávio e Fernanda, sem que os valores correspondentes fossem sacados das contas do casal.
A lavagem de dinheiro do gabinete de Flávio Bolsonaro envolveu também a milícia de Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, reduto dos bolsonaros. Raimunda Veras Magalhães e Danielle Nóbrega, mãe e ex-mulher de Adriano da Nóbrega, chefa da citada milícia eram funcionárias fantasmas do gabinete de Flávio.
Elas repassavam dinheiro para o deputado e para o miliciano. O então deputado estadual, e agora senador, revelou em recente depoimento ao Ministério Público do Rio que aprendeu a atirar com o pistoleiro Adriano da Nóbrega que foi apresentado a ele por Queiroz.
Antes de passar a chefiar a milícia do Rio das Pedras, Adriano era policial militar do BOPE. O “capitão Adriano”, como era conhecido, atuou junto com o “sargento” Queiroz no 18º Batalhão de Jacarepaguá e chegou a ser processado junto com ele por assassinato. Nesta época, mesmo preso, ele recebeu homenagens da Assembleia Legislativa do Rio, por iniciativa de Flávio Bolsonaro e foi defendido enfaticamente em Brasília pelo então deputado Jair Bolsonaro.
Adriano partiu para as atividades de segurança de bicheiros e depois para o comando de Rio das Pedras e para o Escritório do Crime, a central de assassinatos da milícia. Expulso da PM em 2014, Adriano foi morto no começo deste ano, pela polícia, no interior da Bahia.
Os investigadores estimam que Adriano, sua mãe, Raimunda Veras, e sua ex-mulher, Danielle Nóbrega, repassaram um total de R$ 400 mil para o gabinete de Flávio Bolsonaro. Um dos motivos da decretação da prisão de Queiroz e sua mulher, Márcia Oliveira, é que os dois estavam ameaçando testemunhas e alterando provas dos crimes cometidos pela organização criminosa chefiada por Flávio. Queiroz obrigou a mãe de Adriano a se esconder no interior de Minas Gerais para não depor no processo que investiga o esquema de lavagem de dinheiro através de funcionários fantasmas no gabinete do filho do presidente.
A filha de Queiroz, Nathalia Queiroz, era funcionária fantasma o gabinete do então deputado Jair Bolsonaro em Brasília. Nathalia é personal trainer no Rio de Janeiro e nunca morou em Brasília, apesar de ter sido nomeada assessora parlamentar de Jair Bolsonaro com um salário de R$ 10 mil. Ela repassava, segundo relatório do COAF, 80% do valor recebido pela Câmara Federal para a conta de seu pais e daí para o caixa central da organização criminosa chefiada por Flávio Bolsonaro.
Como se pode ver o esquema envolvia todos os membros da família e todos os gabinetes em que os bolsonaros passavam, desde a Câmara de Vereadores do Rio, passando pela Assembleia Legislativa do estado até a Câmara dos Deputados em Brasília.
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Tudo isto têm que ser esclarecido são mais de três décadas do desvio de dinheiro público por Bolsonaro e familiares é vergonhoso mais é verdade podemos chama-los de réis da rachadinha conheceis a verdade e ela te libertará, portanto, a verdade acima de tudo para libertar.