O documento já conta com mais de 777 mil assinaturas
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) assinou o manifesto “Em defesa do Estado Democrático de Direito”, elaborado pela Faculdade de Direito da USP. “A democracia, causa da minha vida, está ameaçada”, disse.
“Tomo a decisão, como cidadão, de assinar a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito. A democracia, causa da minha vida, está ameaçada”, anunciou pelas redes sociais, na sexta-feira (5).
O documento já conta com mais de 777 mil assinaturas.
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente na chapa de Lula (PT), também aderiu ao documento.
O manifesto lembra a unidade dos democratas que levou ao fim da ditadura e diz que “no Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários”.
“Ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democrático de direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”, continua.
“São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional”, aponta o manifesto.
Os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e André Janones (Avante), que anunciou que apoiará Lula, assinaram o manifesto em defesa da democracia.
Jair Bolsonaro, autor das ameaças, expôs seu isolamento ao agredir os que aderiram à Carta e disse que quem “assina esse manifesto [é] cara de pau, sem caráter. Não vou falar outros adjetivos, porque sou uma pessoa bastante educada”.
No dia 11 de agosto, o documento será lido durante um ato em frente à Faculdade de Direito da USP, no centro de São Paulo.