O Exército proibiu que um grupo de bolsonaristas usasse o Clube dos Sargentos e Subtenentes de Curitiba, no Paraná para atividades políticas.
O grupo pretendia criar um partido político “genuinamente de direita do Brasil”, de acordo com a propaganda de seu site. O evento seria no dia 24 de janeiro. Em seu site oficial, o grupo se classifica como “o único partido genuinamente de direita do Brasil”.
Segundo o Comando Militar do Sul, que vetou o evento, o estatuto do clube proíbe a realização de atividades político-partidárias no local. O Clube dos Sargentos e Subtenentes do Exército de Curitiba, que arrenda um imóvel da União, recebeu mais de R$ 4 milhões de repasses do governo federal. A associação, apesar de ser privada, está submetida à hierarquia do Exército.
O Comando Militar do Sul informou que o estatuto do clube, submetido ao Exército no ato do arrendamento, proíbe a realização de atividades político-partidárias no local. “O Comando da Guarnição de Curitiba determinou que não ocorra esse tipo de atividade nas dependências do clube”, diz o comunicado.
Entre os bolsonaristas que queriam envolver o Exército no evento, está o advogado Levi de Andrade, responsável pela defesa dos fascistas que depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023. Andrade já advogou inclusive para influenciadores bolsonaristas que cometeram crimes pelas redes, como o foragido da Justiça Oswaldo Eustáquio, atualmente morando na Espanha.
Um dos palestrantes do grupo simpatizante do fascismo seria José Carlos Bernardi, ex-comentarista da Jovem Pan e presidente do grupo Conservador. Ele foi alvo de investigação do Ministério Público em 2021, depois de dizer, durante participação em um dos jornais da emissora que o Brasil enriqueceria “se a gente matar um monte de judeus e se apropriar do poder econômico deles”.