Após a prisão do general da reserva Walter Braga Netto pela Polícia Federal (PF), no último sábado (14), o Exército Brasileiro afirmou que “vem acompanhando as diligências realizadas por determinação da Justiça e colaborando com as investigações em curso”.
A manifestação da Força aconteceu através de nota do Centro de Comunicação Social do Exército.
Leia, na íntegra, a manifestação do Exército sobre o caso.
O Centro de Comunicação Social do Exército informa que na operação realizada pela Polícia Federal na manhã deste sábado, 14 de dezembro de 2024, foi preso o General de Exército Walter Souza Braga Netto, da Reserva, e realizadas ações de busca e apreensão nas residências do próprio General, no Rio de Janeiro-RJ, e do Coronel Flávio Botelho Peregrino, também da reserva, em Brasília-DF.
O General Braga Netto ficará sob a custódia do Exército, no Comando da 1ª Divisão de Exército na cidade do Rio de Janeiro.
Este Centro informa, ainda, que o Exército vem acompanhando as diligências realizadas por determinação da Justiça e colaborando com as investigações em curso. A Força não se manifesta sobre processos conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República.
Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice na chapa do então presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso por volta das 6 horas da manhã de sábado (14) pela Polícia Federal, em Copacabana, Zona Sul do Rio, sob a acusação de agir para atrapalhar as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Na residência Braga Neto, ainda, a PF realizou ações de busca e apreensão.
Braga Netto e Bolsonaro figuram entre os 40 indiciados no inquérito da PF, que investiga a tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A prisão preventiva foi solicitada pela PF e autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Consultada por Moraes, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à prisão.
A PF entendeu que em liberdade Braga Netto representa riscos à ordem pública, devido à possibilidade de voltar a cometer ações ilícitas e, nesse sentido, pediu a prisão preventiva do general da reserva à Justiça. Além de Braga Netto, o coronel Flávio Botelho Peregrino foi alvo de um mandado de busca e apreensão em sua casa.