Os dois ex-ministros, que eram do “núcleo crucial” da organização do golpe, foram levados para o Comando Militar do Planalto, em Brasília
Os generais e ex-ministros de Bolsonaro, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, foram presos na terça-feira (25) pelo Exército para o início do cumprimento de pena por tentativa de golpe de Estado.
O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, único da cúpula das Forças Armadas em 2022 que aceitou participar do golpe, também foi preso. Ele deverá cumprir sua pena em uma unidade da Marinha.
A prisão dos golpistas ocorreu após o esgotamento dos recursos.
Os dois ex-ministros, que eram do “núcleo crucial” da organização do golpe, foram levados para o Comando Militar do Planalto, em Brasília.
Augusto Heleno era chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e foi condenado a 21 anos de prisão.
Ele ajudou Jair Bolsonaro a construir o movimento golpista, sendo um dos chefes do “Gabinete de Crise”. Documentos apreendidos mostram que o general orientava Bolsonaro com “argumentos” que seriam utilizados contra as urnas eletrônicas e o STF. Heleno também montou o grupo que agia criminosamente na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Já Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, que chegou a ser comandante do Exército e foi ministro da Defesa, cumprirá 19 anos de cadeia.
Enquanto ministro da Defesa, Paulo Sérgio ficou responsável por convocar as reuniões e pressionar os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica para que aderissem ao golpe.
O militar ainda participou da elaboração do relatório do Exército de fiscalização das eleições que foi manipulado para atender às intenções golpistas de Jair Bolsonaro.
O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, participou das reuniões com Jair Bolsonaro e colocou a Força à disposição dos golpistas. Outros que participaram da reunião, como ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, e os ex-comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Junior, confirmaram aos investigadores que Almir Garnier Santos queria dar um golpe ao lado de Bolsonaro.











