
O ministro de Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, já tinha dito na quarta-feira (23) que “os serviços de segurança estavam em alerta máximo, dado as tentativas anteriores de sabotagem”
Uma explosão no porto comercial, Shahid Rajaei, no sul do Irã neste sábado (26) matou 8 pessoas e deixou mais de 750 feridos. Segundo a TV estatal iraniana, a explosão teria sido causada pelo “estoque de mercadorias perigosas e materiais químicos armazenados na área portuária
Mehrdad Hasanzadeh, o oficial responsável para manejamento de crises na província de Hormozgan, disse que os feridos já foram socorridos e levados para instalações médicas, como comunicado pela TV estatal que também reportou o colapso de um edifício.
Ele também disse que oficiais de segurança portuária já tinham fiscalizado o porto antes do incidente e apontaram problemas de segurança.
O Ministério do Interior do Irã comunicou que uma investigação sobre as causas da explosão será feita. O porto Shahid Rajaei, localizado no sul da província de Hormozgan, perto da costa do Estreito de Ormuz ao sul do Irã, um gargalo por onde passa 20% de todo petróleo comercializado no mundo.
A explosão no maior porto comercial do Irã acontece durante as negociações entre os Estados Unidos e o governo iraniano sobre o desenvolvimento do programa nuclear do país. Negociações que contrariam o governo de Israel que preferiria atacar diretamente as instalações nucleares iranianas.
O mesmo porto já foi alvo de ataques cibernéticos, em maio de 2020. Com Israel sendo o principal suspeito de paralisar temporariamente as operações do porto e de inutilizar seu sistema de computadores.
Mesmo sem o governo do Irã acusar diretamente forças externas de ataque na explosão no porto, o ministro de relações exteriores do Irã, Abbas Araghchi, que atualmente está liderando as negociações com os americanos, já tinha dito na quarta-feira que “nossos serviços de segurança estão em alerta máximo, dados os casos anteriores de tentativas de sabotagem e operações de assassinato destinadas a provocar uma resposta legítima.”