
Duas explosões consecutivas sacudiram a região portuária de Beirute destruindo um depósito e prédios vizinhos. O choque foi sentido por toda a capital libanesa. Dados do Ministério da Saúde informam que o número de mortos chega a 135 e há mais de 5.000 feridos. Há corpos sob ruínas de prédios.
Segundo o diretor da Segurança Geral do Líbano, major-general Abbas Ibrahim, a devastação “deve ter ocorrido a partir de um depósito de material altamente explosivo confiscado há algum tempo de um navio”.
O canal de TV libanês LBC informa que o material causador das explosões foi nitrato de amônio.
Feridos foram removidos em ambulâncias e helicópteros do exército libanês ajudaram a combater as chamas decorrentes das explosões.
Vídeo da itv News mostra as explosões por diversos ângulos:
Os militares brasileiros que atuam no comando da força de paz da ONU no Líbano, através da fragata Independência, informaram, por comunicado da Marinha do Brasil que não houve danos ou feridos pois o navio brasileiro estava ao mar: “Todos os militares componentes da Força Tarefa Marítima (UNIFIL) da Marinha do Brasil estão bem e não há feridos, após explosão ocorrida hoje, em Beirute. A Fragata ‘Independência’ encontra-se operando no mar, normalmente. O navio estava distante do local”.
Informações locais dão conta de que a grande quantidade de feridos superlota os centros de saúde libaneses.
Em pronunciamento ao país, o primeiro-ministro Hassan Diab declarou que os responsáveis pela tragédia pagarão por isso: “Prometo que esta catástrofe não passará sem que os responsáveis paguem o preço deste dano”.
Diab disse que vai acompanhar pessoalmente as investigações.
O governo israelense negou qualquer envolvimento com a explosão. A TV libanesa Al Mayadeen citou oficiais da Defesa afirmando que “não se tratou de ato terrorista”.
No entanto, devido às agressões anteriores de Israel ao Líbano, autoridades do país não descartam na totalidade esta possibilidade. Vale lembrar que em 2005 uma explosão (pela qual se coloca a possibilidade de ação do serviço secreto israelense, Mossad) matou o então premiê libanês Rafik Hariri. Além disso, em um discurso na ONU, em 2018, Netanyahu declarou que o porto de Beirute seria uma região civil onde estariam “armazenados mísseis pertencentes ao Hezbollah”.
Governos da Turquia, França, Inglaterra, Irã e Chipre, entre outros, se colocaram imediatamente à disposição para ajuda humanitária ao Líbano.