Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a importação de derivados (gasolina, diesel, GLP, querosene de aviação e lubrificantes) vem crescendo aceleradamente. E o que é pior: a preços muito mais altos que das exportações de óleo cru.
Para cada barril de petróleo bruto exportado, gasta-se pelo menos US$ 12 (cerca de R$ 45) a mais por barril de derivado importado.
Conforme reportagem do R7, a diferença entre o que se deixou de refinar para importar foi de cerca de R$ 6,56 bilhões no ano passado, além dos custos com logística e transportes.
Estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o Brasil deverá importar cerca de 213 mil barris por dia só de óleo diesel em 2027.
Atualmente, o Brasil tem uma capacidade de refino de 2,4 milhões de barris de óleo por dia.
Com a política de paridade com os preços internacionais, adotada na gestão de Pedro Parente, o refino no país caiu drasticamente, ficando em torno de 70% da capacidade de refino total.
Diante dessa barbaridade, o governo Bolsonaro pretende vender refinarias da Petrobrás para multinacionais, que terão mercado cativo.
Em 2018, conforme a ANP, o Brasil vendeu 1,12 milhões de barris por dia de óleo cru (13,3% a mais que em 2017), equivalentes a 40% de toda a produção da Petrobrás e de empresas multinacionais, que avançam cada vez mais sobre o nosso petróleo.