Declaração do ministro ocorreu logo após visita do presidente ao STF, que se reuniu com Rosa Weber, presidente da Corte, e outros magistrados
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse, após reunião com os magistrados, na terça-feira (1º), que Jair Bolsonaro (PL) reconheceu o resultado das eleições de 2022.
Segundo Fachin, em reunião na Corte, Bolsonaro utilizou o termo “acabou”, o que significa que deve “olhar para a frente”. “O presidente da República utilizou o verbo acabar no passado”, completou.
A declaração do ministro ocorreu logo após visita do futuro ex-presidente ao STF. Bolsonaro se reuniu com Rosa Weber, presidente do STF, e outros ministros do Supremo. Os únicos ausentes foram Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli, que não estão em Brasília, segundo o STF, e Cármen Lúcia, que saiu do gabinete de Weber minutos antes da chegada do presidente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também compareceu à reunião. O encontro ocorreu pouco depois do pífio pronunciamento de Bolsonaro no Palácio da Alvorada.
ROMPEU SILÊNCIO
Derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do momento falou pela primeira vez na terça-feira, depois de mais de 44 horas de silêncio após a divulgação do resultado do segundo turno. Em seguida, ele se apressou a ir visitar o STF, coisa que ele não fez durante o seu mandato, a não ser uma vez para atacá-lo, junto com alguns empresários, para reclamar das medidas contra a covid.
Em nota, o STF ressaltou a importância do pronunciamento de Bolsonaro. “O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições”.
Na manifestação pública, Bolsonaro agradeceu os votos que recebeu, disse que vai cumprir a Constituição e que os protestos que bloqueiam estradas são “sentimentos de injustiça” sobre o processo eleitoral. “Injustiça” na avaliação golpista de Bolsonaro, mas para os mais de 60 milhões de eleitores que escolherem Lula foi um ato de enorme justiça acabar com um governo que levou à morte de quase 700 mil brasileiros, trágico na economia e que afundou o Brasil na corrupção do bilionário orçamento secreto, da “rachadinha” e da propina no MEC.
“Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser como os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como a invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, declarou o presidente.
Pelo “não discurso”, que durou apenas 2 minutos (ainda bem), ficou evidente que Bolsonaro não foi apenas um mau presidente. Ele também é um mau perdedor.
Bolsonaro é investigado pelo STF em vários inquéritos, entre eles o da interferência na Polícia Federal no caso da propina envolvendo os pastores e o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e no das milícias digitais.
M. V.
caducando… SUMA DAÍ!
Pelo visto, o Bolsonaro já sumiu. Resta escolher a cova, antes que escolham por ele.