Segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista SCPC, o número de falências decretadas em 2017 teve um aumento de 2,9%, em relação a 2016.
As pequenas empresas responderam por 93% das falências decretadas. As médias 5% e grandes empresas 2%. Por setor de atividade, as falências de empresas industriais responderam por 28%, o comércio 31% e setor de serviços 41% delas.
Esses números podem ainda mascarar a quantidade de falências. A Lei que regula atualmente as recuperações judiciais, no lugar das concordatas, que entrou em vigor em 2005, sob os auspícios de Palocci, ao inverter a prioridade colocando o Estado como último credor a receber seus créditos, criou uma facilidade questionável e antes inexistente.
“Hoje, aproximadamente 20% das empresas em concordata conseguem se recuperar. Agora, as chances de recuperação aumentaram e podem chegar a 60%”, comentava ilustre advogado à época.
A propaganda enganosa do governo sobre as melhorias da economia não pode esconder a realidade. Uma recuperação com base na capacidade ociosa da nossa economia, que seria o primeiro passo de uma recuperação, teria como repercussão imediata o aumento dos empregos.
O que se vê é o crescimento do subemprego. Mais de meio milhão de pessoas estão vendendo comida nas ruas em busca do sustento de suas famílias. A informação é do IBGE. No terceiro trimestre do ano passado, uma legião de trabalhadores escapou da estatística do desemprego fazendo biscate nas ruas vendendo marmitas, lanches, doces, e etc.
Com o menor nível de investimentos da história, não há porque esperar que a produção e o consumo tenham qualquer reação significativa para este 2018. Não haverá contas inativas do FGTS e saldo do PIS para injetar episodicamente recursos na economia como em 2017. Não há muito para se esperar uma diminuição nas falências.