“Falha colossal” no aeroporto de Londres deixou 300 mil passageiros sem voo

Causas do incêndio na estação de energia elétrica que abastece o aeroporto estão sendo investigadas (Brigada de Incêndio de Londres)

Volta a funcionar hoje o aeroporto Heathrow, o principal de Londres e o maior da Europa, após incêndio em central elétrica da região. 1.350 voos foram suspensos. Jornais ingleses relatam “caos e raiva” entre os passageiros. Governo inglês se esquiva

Somente neste sábado (22) as operações voltaram ao normal depois de um dia de interrupção das atividades no aeroporto de Heathrow, como é chamado o maior da Europa.

O incêndio fez com que 1.350 voos fossem suspensos e 300.000 passageiros tivessem suas viagens interrompidas. Também não puderam descer em Heathrow 120 aviões cujos voos foram desviados para outros aeroportos ingleses e até de outros países europeus.

Um incêndio em uma central elétrica que abastece a região do aeroporto, causou “falha colossal”,  como diz o jornal inglês The Guardian, espalhando “caos e raiva”.

Os jornalis ingleses destacam a “fragilidade do Reino Unido” (revista iWeekend) e questionam as autoridades sobre como o maior aeroporto da Europa pode “atuar sem retaguarda” (The Daily Telegraph).

O governo inglês respondeu, em um primeiro momento, de forma evasiva ao desastre dizendo que “há questões a serem respondidas”.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, sigla em inglês) expediu declaração denunciando que “é mais um caso do Heatrow decepcionando passageiros e companhias”. Na mesma direção, Willie Walsh, diretor geral da Iata, acrescentou: “Como é possível que uma infraestrutura crítica seja totalmente dependente e uma única fonte de força sem uma alternativa? Se este é o caso, trata-se de uma clara falha de planejamento pelo aeroporto”.

David Omand, ex-chefe do Departamento Governamental de Comunicação, disse à BBC que “dada a importância de Heathrow, eu fico surpreso de que todo um aeroporto seja fechado por um dia inteiro”.

“O que eu quero dizer”, acrescentou, “que é possível acontecer um transtorno enquanto se faz a troca para um sistema alternativo, mas um fracasso no período de um dia – e, quem sabe, outros transtornos possam ocorrer, é embaraço nacional. Não deveria ter acontecido”.

No entanto, em meio às críticas ao desastre, a secretária dos transportes do governo inglês ainda teve o desplante de minimizar a grave ocorrência, falando platitudes tais como o “acidente de sexta-feira foi uma situação sem precedentes” e “totalmente fora do controle do aeroporto de Heathrow”.

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