
Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal estão entre os países afetados pela falha generalizada que deixou milhões de pessoas na penumbra nesta segunda. Instituto Nacional de Cibersegurança da Espanha e Portugal falam em “ataque cibernético”
Uma “falha generalizada” no sistema elétrico – conforme as emissoras de televisão – causou um “enorme apagão” em 15 países europeus nesta segunda-feira (28), incluindo Alemanha, Andorra, Espanha, França, Finlândia, Itália, Portugal e Polônia. A queda repentina de energia paralisou os edifícios e as empresas e trouxe o caos para as ruas e os transportes, sem semáforos, metrôs, trens e aeroportos e fazendo a internet oscilar apruptamente, comprometendo as comunicações.
O blecaute começou por volta das 12h30 na Espanha (hora local), quando o consumo era de cerca de 25.184 megawatts. De repente, caiu para 12.425 megawatts, segundo dados de demanda da operadora do sistema Rede Elétrica (REE), empresa responsável pelo serviço.
Os relatos da dimensão da gravidade da situação se espalharam rapidamente pela Espanha, enquanto nas redes sociais, iniciaram a pipocar informações sobre situações semelhantes por toda a Europa. Conforme o relatório preliminar da REE, este é um “incidente zero no sistema peninsular”.
O diretor de serviços da operação da Rede Eléctrica afirmou que o restabelecimento total do serviço no conjunto dos países pode levar entre seis e dez horas, embora a situação permaneça indefinida. A empresa disse que começou a recuperar o fornecimento de energia no norte e no sul da península, mas que o processo envolve a energização gradual da rede de transmissão à medida que as unidades geradoras são colocadas em operação.
O Instituto Nacional de Cibersegurança e o Ministério do Interior da Espanha estão investigando as causas do apagão repentino, mas indicaram como principal hipótese um ataque cibernético.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou a necessidade de uma resposta unificada e resiliente países que se encontram fragilizados – os mesmos que estão respaldando os bombardeios de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza – e que o ocorrido é um “ataque direto” à sua soberania.
O ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida, afirmou que há possibilidade do evento ter sido causado por um ciberataque, embora ainda não haja confirmação oficial.
A Comissão Europeia disse que está “em contato com as autoridades nacionais da Espanha e de Portugal e com a ENTSO-E (Rede Europeia de Operadores de Sistemas de Transmissão de Eletricidade) para entender a causa subjacente e o impacto da situação”.