O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se somou ao deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, nas críticas ao chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, Augusto Heleno, que incitou o presidente a jogar o povo contra o Congresso Nacional.
“Parece que a perda de compostura, a falta de noção da importância do cargo está se espalhando por todo o governo, contaminou todo o governo. Está se tornando um governo que tem como característica falta de compostura e de noção da dignidade do cargo”, diz o senador.
Para o senador tucano, “é claro que Augusto Heleno tem de ser convocado para se explicar ao Congresso”. “As coisas estão passando do limite”, destacou o parlamentar.
As declarações do auxiliar de Bolsonaro foram entendidas como uma intromissão nos assuntos do Parlamento já que diz respeito ao controle sobre verbas orçamentárias ligadas a emendas. São R$ 46 bilhões em emendas parlamentares.
Um acordo devolvia ao governo a gerência sobre R$ 10,5 bilhões. No Planalto, porém, há resistência em cumprir o combinado com deputados e senadores. O acordo entre Executivo e Congresso manteria vetado um trecho que explicita a punição ao gestor que não seguir a ordem de liberação de emendas imposta pelo Parlamento, mas devolveria aos parlamentares o controle sobre mais de R$ 30 bilhões.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), usou as redes sociais para dizer que “desatinos verbais só tumultuam o ambiente político e atrapalham o andamento das reformas”. “Já passou da hora de parar de produzir crises desnecessárias e concentrar os esforços na aprovação das reformas tributária e administrativa”, afirmou o parlamentar.
O primeiro vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), reforçou as críticas às declarações do ministro Augusto Heleno de que o governo precisa enfrentar a ‘chantagem’ do Congresso em relação aos vetos da Lei de Diretrizes Orçamentárias e considerou a fala como “desrespeitosa”.
Este desgoverno e seus jagunços quase todos são arbitrários e autoritários, pra nada servem.