O tenente-brigadeiro do ar e comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Nivaldo Luiz Rossato, declarou em entrevista durante o Segundo Encontro Internacional Sobre Financiamento de Projetos de Defesa, em São Paulo, que neste momento estão faltando recursos para realização de voos frequentes de abastecimento destinados a pelotões especiais de fronteira do Exército, isolados em diferentes áreas remotas do Brasil.
Tais voos de apoio da FAB são essenciais, pois servem para transporte de comida, gás de cozinha, combustível, munições e outros itens básicos para guarnições isoladas na selva amazônica.
Segundo o comandante da FAB, além de não conseguir voar semanalmente para os 24 pelotões de fronteira do Exército na região amazônica, ainda haveria falta de recursos para levar suprimentos para bases militares em Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Manaus (AM) e Belém (PA).
Nos últimos cinco anos, as Forças Armadas sofreram com cortes de mais de 40% em seus orçamentos. Os pelotões de fronteira são muitas vezes a única representação do Estado brasileiro em regiões remotas de selva. A função deles é proteger a fronteira de ameaças externas e combater o tráfico de armas e de drogas.