Fascistas israelenses incendeiam mesquita na Cisjordânia

Cinzas tomam conta do lugar sagrado, junto com mais ameaças escritas em hebraico: “Nos vingaremos novamente” (Newa)

Violência é generalizada e perpetrada por colonos em todo o território,  atestam grupos de direitos humanos, assinalando que os abusos têm se agravado sob estímulo do governo Netanyahu

Mesquita na Cisjordânia foi incendiada por colonos judeus que também queimaram exemplares do Alcorão na aldeia de Deir Istiya.

Durante o ataque realizado durante a noite da última quarta-feira (12) também pixaram as paredes com frases ameaçadoras como “nos vingaremos novamente”.

Os abusos foram documentados por repórter da Associated Press que visitou o local na quinta-feira (13).

O vandalismo contra a mesquita foi o mais recente de uma série de incidentes que provocaram apreensão na comunidade palestina e em organizações de direitos humanos, que comprovaram recentemente como têm agido as milícias israelenses mais do que com a anuência, sob o incentivo do Estado.

A gravidade é tão grande que o secretário de Estado americano, Marco Rubio – cujo governo é o maior fornecedor de armamento para que Israel perpetre seus crimes – se viu obrigado a declarar haver “alguma preocupação de que os eventos na Cisjordânia se alastrassem e criassem um efeito que pudesse prejudicar o que estamos fazendo em Gaza”.

O fato é que os ataques não cessam. Na localidade de Beit Lid, a leste de Tulkarm, a agressão causou danos na aldeia beduina de Deir Sharaf e na fábrica de produtos lácteos Al-Junaidi, segundo atestaram vídeos e testemunhos que falaram com a cadeia CNN.

As imagens mostram a fumaça na zona, enquanto se ouvem os gritos das mulheres palestinas. Homens com extintores e baldes de água se apressam em apagar os incêndios e se veem caminhos, tendas, galpões de metal e janelas de carros estilhaçados pelas chamas. Os bombeiros só conseguiram chegar ao lugar uma hora depois.

Um relatório das Nações Unidas publicado na última sexta-feira (7) aponta que colonos israelenses realizaram pelo menos 264 ataques em outubro, o maior número desde que a ONU começou a monitorar os incidentes em 2006, e que a colheita de azeitonas deste ano foi marcada por extrema violência, com muita destruição de oliveiras.

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