O deputado Márcio Jerry (MA), líder da bancada do PCdoB na Câmara, afirmou nas redes sociais que “não é aceitável fazer ajuste fiscal com cortes na Previdência, saúde e educação”.
Os rentistas e demais parasitas financeiros pressionam o governo por mais cortes de investimentos, atacando justamente os pobres e seus direitos sociais para amealharem mais recursos públicos.
Em declaração na abertura da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, no Museu Nacional da República, em Brasília, o presidente Lula fez um discurso em defesa da educação, uma das áreas onde o Ministério da Fazenda quer cortar.
“Desde minha primeira reunião como presidente em 2003, [eu disse] nesse governo vai ser proibido utilizar a palavra gasto quando a gente falar em educação. Educação é investimento e investimento de mais retorno que um país pode ter. Nada, nada pode dar mais retorno que educação”, enfatizou Lula.
A resistência de Lula aos cortes da Fazenda tem o apoio de outros integrantes do governo que estão se colocando contra o pacote de cortes.
Um deles é o ministro da Previdência, Carlos Lupi.
O ministro declarou na quinta-feira (7) que não tem condições de permanecer no governo se os cortes pretendidos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atingirem sua pasta. “Se cortar direitos na Previdência, não tenho como ficar no governo”, afirmou, ao ser perguntado como reagiria se os cortes forem feitos.
“O Ministério da Previdência não tem o que cortar”, declarou Lupi, ao afirmar que “um governo de cunho social jamais iria tirar direito de quem tem direito”.
“As despesas são obrigatórias, são despesas constitucionais. E jamais que um governo de cunho social iria tirar direito de quem tem direito. Essa discussão é sobre buscar eficácia, dar direito a quem tem direito, mas não deixar quem não tem direito erradamente conseguir isso”, disse.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que só se ele fosse demitido haveria alterações no Seguro Desemprego, no abono salarial e na multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), como quer a Fazenda.
Para o líder do PCdoB, em vez de fazer cortes nas áreas sociais, “dá pra melhorar a receita – e muito! – ampliando combate à sonegação, taxando os super ricos, taxando lucros e dividendos”.