Ele anunciou a decisão através do twitter, depois de observar o furdunço criado pela milícia bolsonarista
O atual Secretário da Educação do Paraná, Renato Feder, que chegou a ser anunciado na sexta-feira (03) como novo Ministro da Educação, comunicou neste domingo (05), através de seu twitter, que agradeceu ao convite de Bolsonaro, mas declinou do pedido do presidente para assumir o cargo no lugar Abraham Weintraub.
“Recebi na noite da última quinta-feira uma ligação do presidente Jair Bolsonaro me convidando para ser ministro da Educação. Fiquei muito honrado com o convite, que coroa o bom trabalho feito por 90 mil profissionais da Educação do Paraná. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro, por quem tenho grande apreço, mas declino do convite recebido. Sigo com o projeto no Paraná, desejo sorte ao presidente e uma boa gestão no Ministério da Educação”, escreveu no Twitter.
O pandemônio dentro do Ministério da Educação está em plena efervescência. Depois da fuga de Weintraub para os Estados Unidos e o vexame do currículo fantasma de Carlos Decotelli, que caiu antes mesmo de assumir, agora é a vez de Feder desistir. O olavismo estava em pé-de-guerra por ter perdido Weintraub. Queria alguém com o mesmo perfil lunático do foragido de Miami.
Renato Feder chegou a defender, em um livro publicado com o título “Carregando um Elefante”, o fim do Ministério da Educação e do ensino público e a criação de um voucher para ser usado em escolas privadas, mas não se enquadrava no perfil pretendido pelo guru da Virgínia, padrinho dos dois primeiros indicados para a pasta.
Ao assistir a guerra nas hostes bolsonaristas, Feder não achou que dava para encarar e agradeceu o convite.
Renato Feder foi presidente do conselheiro administrativo da Multilaser, uma de suas empresas, enquanto exercia o cargo de secretário estadual de Educação no Paraná. Os documentos também mostram que, desde a posse do presidente Jair Bolsonaro, a Multilaser fechou dois contratos com o governo federal – e ambos estão em vigor.
O primeiro, no valor de R$ 14,2 milhões, foi firmado em dezembro de 2019 e tinha como objetivo o fornecimento de mais de 28 mil tablets ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a realização do Censo 2020, que foi adiado por conta da pandemia da Covid-19.