A destruição por Israel da estação de televisão Al Aqsa, em Gaza, foi condenada hoje (dia 13) pela Federação Internacional de Jornalistas (IFJ), que declarou solidariedade com seu afiliado, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS). Trata-se de “um crime contra todos os meios de comunicação palestinos”, denunciou a entidade, instando Israel a “parar toda a violência contra a mídia palestina.”
A entidade internacional de jornalistas também manifestou sua “solidariedade a todos os jornalistas palestinos, que todos os dias trabalham em condições perigosas e enfrentam perigos reais para cobrir o conflito na região.”
Como as aeronaves israelenses dispararam um míssil de alerta sobre o prédio, os jornalistas tiveram que escapar às pressas para salvar a própria vida. O prédio ficou inteiramente destroçado e sua demolição já foi anunciada. A censura da informação com bombas repete 2008, quando a TV Al Aqsa já fora atingida por mísseis israelenses.
Na noite de domingo, aviões de guerra israelenses mataram seis palestinos que perseguiram uma unidade do exército que havia feito uma incursão em Gaza e assassinou um comandante do Hamas de nível médio. Um dos soldados israelenses, um tenente-coronel, também foi morto.
Desde que teve início a Marcha pelo Retorno, em resposta ao anúncio do governo Trump de mudança ilegal da embaixada dos EUA para Jerusalém, Israel não para de massacrar manifestantes, inclusive adolescentes e crianças que ousam se aproximar da fronteira da Faixa de Gaza com Israel.
A resposta do Hamas à incursão israelense foi uma saraivada de foguetes de baixa letalidade. Depois dos foguetes, os caças israelenses entraram em ação atirando sobre a TV Al Aqsa.
Acontece que os foguetes lançados de Gaza sobre áreas residenciais israelenses, além de não causarem praticamente nenhum dano militar ao exército de bloqueio israelense a Gaza, servem de pretexto aos agressores dos palestinos tanto para o público interno em Israel, como contribuem para diminuir o ritmo de isolamento do regime de apartheid israelense.
É verdade que as retaliações israelenses têm o caráter nazista inaceitável de punição coletiva, mas as ações do Hamas e Jihad Islâmico não ajudam em nada para a ampliação do apoio à causa palestina, ao contrário, atirar sobre áreas civis depõe contra a ação dos que lutam por independência e autodeterminação palestina inclusive ente os israelenses e dão munição política para que a criminosa direita israelense continue com maioria em Israel. (Neste sentido o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, condenou a ação do Hamas em cerimônia em memória a Yasser Arafat o líder da luta pela libertação da Palestina.