Festival da Juventude: “100 anos após o triunfo da Revolução Russa a luta anti-imperialista continua mais atual que nunca”

19º Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes realizado em Sochi, na Rússia (Divulgação)

Expressando seu rechaço à política de ingerência dos Estados Unidos, os mais de 25 mil jovens de 180 países participantes do XIX Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes reunidos em Sochi aprovaram uma Declaração Final que destaca que o movimento do festival conserva seu caráter anti-imperialista, antifascista e anticolonialista.

O presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD), Nikolus Papademetriou, leu a declaração final do foro, realizado no conhecido balneário russo, na qual se expressa uma condenação clara à política de agressões e invasões de Washington.

Papademetriou destacou o significado de comemorar o Centenário da Grande Revolução Socialista de Outubro, fato que acelerou o colapso do sistema colonial e foi um impulso para novas conquistas sociais no conjunto da Humanidade. “Confirmamos que 100 anos depois do triunfo da revolução na Rússia, a luta anti-imperialista é mais atual que nunca”, assinalou ao apresentar o texto.

O dirigente cipriota chamou a repudiar os blocos militares das potências imperialistas como a Otan, e exortou a juventude progressista de seus países membros para denunciar e impedir a ação agressiva dessa estrutura militarista.

A declaração denuncia o sofrimento do povo sírio, a provocação do conflito nesse país como parte de uma agenda estrangeira para a apropriação das riquezas minerais, energéticas e da água, entre outras, assim como a agressão israelita contra o povo da Palestina.

Na América Latina prossegue a imposição de bloqueios, como o dos Estados Unidos contra Cuba, e a desestabilização de governos, assinala o documento.

“Os povos africanos ainda sofrem restos de colonialismo, a pobreza extrema e o racismo, enquanto contamos ali com o único caso de colonialismo no chamado continente negro: a ocupação por Marrocos do território do povo saaraui”, sublinha a declaração.

Papademetriou afirmou que o Festival repudia as guerras e a política neoliberal que promove o desemprego para os jovens, e apoia a independência, soberania e justiça dos povos.

À leitura da Declaração final assistiu Aleida Guevara, filha do Che, homenageado pelos milhares de jovens, e o médico forense Jorge González Pérez, que dirigiu os trabalhos de busca do corpo do Guerrilheiro Heróico.

O Festival de Sochi apresentou-se com o lema ‘Pela paz, a solidariedade e a justiça social, lutemos contra o imperialismo. Honrando nosso passado construímos o futuro’.

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